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Lula participa com Dilma da posse dos novos ministros

Ao lado da presidente Dilma Rousseff , o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, de chapéu, participou da solenidade de posse, às 15 horas desta terça-feira (24), do novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que assume no lugar de Fernando Haddad, que deixa o Ministério para disputar a Prefeitura de São Paulo pelo PT. No lugar de Mercadante, no Ministério da Ciência e Tecnologia, assumiu Marco Antonio Raupp.

Lula participa com Dilma da posse dos novos ministros - PR

Lula cumprimentou os presentes e foi muito aplaudido pela plateia. Esse foi o primeiro evento que ele participou no Palácio do Planalto após o início do tratamento de combate ao câncer. Todos os discursos incluíram palavras de agradecimento ao ex-presidente Lula e elogios à presidente Dilma.

Mercadante embargou a voz quando disse que “Lula plantou esperança e dignidade do povo, cidadania, estabilidade e liberdade, que estão fazendo este país florescer”, destacando que ele plantou essas sementes ao lado de uma companheira competente e comprometida com esses valores – a presidente Dilma.

A presidente Dilma, diante da emoção ao fazer saudação especial ao ex-presidente Lula, disse que “com o passar do tempo a gente passa a ser um bando de chorões, mas o presidente Lula disse que pode chorar que não faz mal nenhum”. Em sua saudação especial, Dilma disse que Lula era o grande responsável pelo imenso esforço de mudar trajetória e história da educação brasileira.

Significado da educação

Em seu discurso, a presidente Dilma disse que “esse é um dos atos mais importantes do meu governo, porque nós sabemos o que significa a educação, ciência e tecnologia na trajetória do nosso governo”. E explicou que “o grande instrumento de construção do futuro desse país passa necessariamente, no presente, em aumentar a qualidade da educação e que o Brasil seja capaz de produzir ciência e tecnologia”.

Dilma disse que foi preciso chegar um metalúrgico à Presidência para que o governo prestigiasse a educação superior. “Que país estranho, que precisou disso”, afirmou. Segundo ela, o país tem que proporcionar oportunidades. “Quando se dá o Bolsa-Família, quando se cria o Minha Casa, Minha Vida, cria-se oportunidades, mas a grande oportunidade é da filha da lavadeira que virou médica, frase que ouvi de uma moça na solenidade do ProUni.” 

Ela explicou ainda, novamente destacando o papel do presidente Lula, a mudança significativa da qualidade do desenvolvimento do país. “Vínhamos de um processo excludente, com dificuldade de desenvolver aceleradamente o país e distribuir renda. Dois momentos que tivemos que dar conta simultaneamente”, afirmou, destacando as ações e programas de distribuição de renda para elevar a população à condição de classe média e, ao mesmo tempo, buscar, através da educação, fazer com que o Brasil consiga chegar o mais rápido possível à produção científica e agregar valor à sua produção.

Só elogios

“Sou só elogios”, resumiu o ministro Fernando Haddad, o primeiro orador a falar na solenidade. Ele disse que deixava o ministério relutante, porque pôde apresentar projetos ousados, pôde sonhar e ver esses sonhos serem gradualmente realizados. “A gente sabe que o desenvolvimento do Brasil depende desse investimento. O nosso futuro passa pela educação, ciência e tecnologia”, afirmou.

“O Brasil tem hoje metas quantitativas e qualitativas para educação. Vivemos uma década auspiciosa e vamos viver a próxima década mantendo o pulso para erradicar a pobreza”, disse Haddad, elogiando a Lula e Dilma. E concluiu dizendo que “o legado do nosso governo é o da educação, temos que garantir a todos os brasileiros, indistintamente, o direito a um passo a mais na educação – desde o que não foi alfabetizado até os que querem doutorado”.

Dilma também fez elogios a Haddad, destacando a capacidade gestora dele. Disse que apesar de lamentar não poder mais contar com ele, estava feliz porque ele vai enfrentar um desafio e uma pessoa talentosa tem que ir além, em referência à participação dele na eleição para prefeito de São Paulo. E estendeu os elogios a Mercadante, que vai estar à altura e o Raupp vai fazer o mesmo no Ministério da Ciência e Tecnologia, garantindo que estava segura com relação aos nomes escolhidos.

Conselhos de Mercadante

Mercadante falou em seguida, e destacou, em seu discurso, o currículo do novo ministro da Ciência e Tecnologia, que o compromete com a continuidade do projeto republicano de contribuição decisiva para o desenvolvimento do país. Na educação, ele mesmo se comprometeu em garantir o avanço na qualidade da educação do país.

Mercadante falou publicamente sobre os conselhos que vêm dando ao novo ministro na relação com a presidente Dilma. Falou sobre a exigência dela com a elaboração de projetos. “Atitude de quem tem compromisso com gasto público para que seja aplicado naquilo que é fundamental no Brasil”, explicou Mercadante.

Marco Antônio Raupp, o terceiro a discursar, disse que nos contatos com a presidente Dilma já tinha comprovado as palavras de Mercadante, de exigência na otimização dos recursos públicos. Segundo ele, essa característica da presidente Dilma fazia dele um fã e agora é mais ainda.

E se comprometeu “a executar a política de Estado e governo da presidente Dilma na área de ciência e tecnologia como eixo estruturante do desenvolvimento do país, para que a ciência, tecnologia e inovação contribuam de forma essencial para o desenvolvimento do país”.

De Brasília
Márcia Xavier