Cristina Kirchner reitera luta por soberania sobre Malvinas
No retorno da presidente Cristina Kirchner à frente do Executivo argentino o contencioso que esse país enfrenta com o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas ganhou novos contornos.
Publicado 26/01/2012 05:11
Depois de 20 dias de licença médica, Cristina reassumiu nesta quarta (25) suas funções com um ato público no qual renovou a exigência a Londres para que aceite conversar e negociar sobre a jurisdição desse arquipélago.
A mandatária advertiu que insistirá "com rigor jurídico e diplomático", e seguirá aglutinando apoios para que se cumpra a resolução da ONU de dialogar sobre essa questão.
A presidente argentina assegurou que continuará a batalha diante do Comitê de Descolonização da Organização das Nações Unidas e criticou o governo britânico pela escalada diplomática das últimas semanas.
Segundo Cristina, a exigência de soberania sobre as Malvinas abrange também a defesa dos recursos naturais porque o Reino Unido "está depredando nosso petróleo e nossa pesca".
Cristina Kirchner arremeteu contra declarações recentes do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que qualificou a Argentina de colonialista por sua exigência.
Para a governante, "quando se dizem estas coisas é porque não se tem razões nem argumentos", ao tempo que comentou que embora exista a tentação de responder, o melhor é evitar.
O contencioso entre Buenos Aires e Londres data de 1833 e cobrou força em dezembro passado quando vários governos sul-americanos proibiram a entrada em seus portos de navios com bandeira das chamadas Falkland (Malvinas).
Cristina Kirchner, que estava de licença médica devido a uma operação da tireóide, anunciou que proximamente tornará público o Informe Rattenbach, investigação sobre a guerra por esse arquipélago que o Reino Unido ganhou em 1982.
Na opinião da chefe de Estado, essa contenda bélica que enfrentou britânicos e argentinos foi um ato "suicida para rapazes que não estavam preparados".
Prensa Latina