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Crédito cresce 19% em 2011 e ultrapassa os R$ 2 trilhões

O saldo das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 2,3% em dezembro, ritmo superior ao de novembro (1,9%), passando a marca de R$ 2 trilhões. No ano, a expansão chegou a 19%, mais do que os 15% projetados inicialmente pelo Banco Central, ainda assim um pouco inferior à de 2010, ano em que o estoque de crédito no Brasil deu um salto de 20,6%.

A moderada desaceleração em 2011 foi consequência principalmente de medidas restritivas adotadas no último trimestre de 2010. Entre elas, a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), justamente para conter o ritmo de expansão, naquele momento considerado inflacionário.

Ao constatar que a economia desacelerou além do imaginado, ao final de 2011, o governo removeu boa parte das restrições. As medidas de 2010 visavam segurar principalmente o crédito a pessoas físicas. Mesmo assim, esse foi o segmento em que o estoque de operações mais cresceu, registrando expansão de 20,8% no ano e encerrando 2011 em R$ 940 bilhões. O crédito tomado por empresas aumentou menos, 17,4%, mas ainda é maior (R$ 1,089 trilhão). No mês, porém, as operações com pessoas físicas registraram ampliação de 1,5%, enquanto que no segmento empresarial o aumento chegou a 3%.

Os recursos de livres, ou seja, sem destinação obrigatória pelas instituições financeiras, respondiam por R$ 1,303 trilhão do total de R$ 2,029 trilhões que estavam aplicados em crédito no término do ano. O saldo de tais operações avançou 16,8% em relação ao fim de 2010, expansão inferior à do crédito com recursos direcionados. O aumento das aplicações obrigatórias, que encerraram 2011 em R$ 726,559 bilhões, foi maior no acumulado ano, chegando a 23,2%.

No mês, o saldo das aplicações obrigatórias cresceu 2,9%, também acima da elevação registrada em relação aos recursos livres (2,6%).

Fonte: Jornal Valor