Socialismo versus capitalismo, guerra cultural
O confronto entre duas concepções do mundo tão diferentes como o socialismo e o capitalismo, tem na guerra cultural uma expressão decisiva, segundo a tese do filósofo e pesquisador cubano Enrique Ubieta.
Publicado 31/01/2012 22:55
Com seu mais recente livro Cuba: revolução ou reforma?, o também jornalista busca propiciar o debate sobre o tema através dos argumentos dos defensores de um ou outro modo de vida.
Para o autor trata-se de um jeito de aproximar à luta entre dois sistemas, o capitalismo sustentado no consumismo e o socialismo baseado na solidariedade.
Segundo informações, a obra estará disponível dentro de poucos dias na Feira Internacional do Livro de Havana.
De acordo com Ubieta, a natureza do confronto – para muitos chave de cara ao futuro da humanidade – encontra no âmbito cultural seu terreno mais fértil, ao trascender qualquer espçao, seja ele do combate ideológico, seja ele do militar. Desse modo, o autor diz que a categoria cultura é abordada com uma intensão mais ampla do que o termo tradicional.
Segundo ele, há muitos exmplos para ilustrar a tese, Vietnã pôde derrotar a potências bélicas e econômicas como França e Estados Unidos, porque venceu no confronto cultural; enquanto a União Soviética cedeu nesse terreno e não pôde se sustentar, apesar de seu poder.
No que diz respeito a Cuba, o pesquisador considerou que sua capacidade de resistir décadas de ataques desde o exterior está em boa medida relacionada com suas vitórias na guerra cultural.
No livro é abordado esse cenário a partir de três capítulos. Além disso, a obra também aprensenta análise de conceitos como revolução e reformismo, e sua expressão através da história nacional.
Para Ubieta, o argumento cultural é chave na atual conjuntura de Cuba, envolvida em processos de atualização econômica e fortalecimento de seu socialismo, sob a tradicional hostilidade dos Estados Unidos, país que mantém o bloqueio imposto à ilha faz meio século.
O autor finaliza dizendo que "o socialismo deve construir-se como alternativa cultural do capitalismo, além das diferenças nos âmbitos político, econômico e social".
Fonte: Prensa Latina