Santos descumpre acordo e Farc suspende libertação de reféns
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram nesta quarta-feira (1º/2) a suspensão da libertação de cinco reféns, mantidos sob poder da guerrilha, cancelando a operação prevista para este mês. Os guerrilheiros esclareceram que o governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, não cumpriu a desmilitarização da área na qual os reféns seriam libertados.
Publicado 01/02/2012 10:06
“A operação foi adiada”, diz o comunidado das Farc. Em anúncio no mês passado, a guerrilha informou que libertaria seis reféns. Inicialmente, seriam libertados o cabo Luis Beltran, o sargento Cesar Lasso e o tenente Lasso Cesar Carlos Duarte. De acordo com as Farc, as libertações completariam uma relação de seis nomes definida em dezembro de 2011. Jorge Trujillo Solarte, Romero Jorge e José Libardo Forero seriam libertados em uma segunda etapa.
O comunicado das Farc, divulgado nesta quarta-feira (1º/2), é dirigido a 11 parlamentares que costumam assumir a mediação das negociações entre a guerrilha e o governo colombiano. No texto, os guerrilheiros se queixam que a área, na qual os reféns seriam libertados, foi “militarizada indevidamente pelo governo da Colômbia”, obrigando-os a “adiar” a operação.
No comunicado, as Farc informaram conhecer as “intenções do governo, a todo custo, de tentar um resgate militar”. Os guerrilheiros disseram que a medida poderia levar a um resultado trágico: “Essa atitude corresponde à recente decisão do governo para impedir a intermediação internacional humanitária na libertação anunciada”, diz o texto assinado pela Secretaria Central das Farc.
Fonte: Agência Brasil