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Grupo Especial liberta 52 trabalhadores de regime escravo no Pará

Ação realizada nesta quarta-feira (1°) por fiscais do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) no município de Tailândia, no Pará, resgatou 52 empregados de três fazendas que trabalhavam em regime similar ao de escravidão.

Em declaração à imprensa, o Ministério do Trabalho e Emprego do Pará informou que entre os resgatados havia quatro menores, uma garota de 15 anos e três meninos, de 13, 14 e 16 anos. O MTE acrescenta que os menores eram submetidos a trabalhos forçados, como lapidação mourões e estacas e roçagem de capim para abrir caminho para o transporte de toras de madeira.

Ainda segundo o MTE foram desbaratados 7 acampamentos, em um deles foi encontrada uma trabalhadora grávida, de cinco meses, que era cozinheira, além de famílias que residiam com crianças, em barracos de lona, na mata.

Foram emitidas 15 Carteiras e Trabalho Profissional (CTP), lavrados 24 autos de infração e apreendidas 11 armas. Os empregados libertados receberam R$ 168,9 mil em verbas rescisórias.

Mais ações

O MTE também informou que no ano passado as autoridades brasileiras recuperaram 2.271 pessoas que trabalhavam em condições degradantes em 158 operações. Ao todo, foram aplicados R$ 5,4 milhões em multas.

Duzentas e noventa e quatro empresas foram denunciadas ao Ministério do Trabalho por utilizarem práticas análogas à escravidão. Essa lista é de acesso público e as companhias incluídas nela não podem solicitar crédito em bancos públicos.

Várias indústrias, associações de supermercados e de exportadores utilizam a lista para restringir a comercialização de produtos dessas empresas.

Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM)

Ligado à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), que foi criado em 1995, atua como órgão de combate à escravização da mão de obra no Brasil.

Segundo informações, ele é formado por auditores fiscais do trabalho – que coordenam as operações de campo –, policiais federais e procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT). E já libertou mais de 40 mil trabalhadores

Com Agências