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Talibãs acusam ONU de falsificar cifras de mortos civis afegãos

Os talibãs denunciaram nesta segunda-feira (6) a ONU por falsificar as últimas cifras de vítimas civis no Afeganistão e asseguraram que a Otan e os Estados Unidos assassinaram mais pessoas em ataques do que o número apresentado nas estatísticas.

Segundo o relatório da Missão de Assistência das Nações Unidas para o Afeganistão (UNAMA), ao todo 3.021 civis morreram no ano passado, oito por cento a mais que em 2010.

Essa cifra representa também um aumentou pelo quinto ano consecutivo, recorde desde a invasão do território pelos Estados Unidos e Reino Unido em outubro de 2001.

O documento responsabiliza os insurgentes afegãos de 77% das perdas humanas e afirma que o Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) e as forças afegãs e estadunidenses mataram 410 civis.

Em declarações publicadas pelo site do grupo jihadista, os talibãs acusam a ONU de tentar "legalizar os crimes cometidos pelas forças estrangeiras que invadem o Afeganistão".

"É surpreendente que em seu relatório a ONU assegure que só 63 pessoas morreram durante ataques noturnos no ano passado", segundo o porta-voz Zabiullah Mujaid e detalha que foram contabilizados ao menos 374 mortes em duvidosos registros noturnos e ataques aéreos.

Mujaid assinala que "se trata de um relatório político, que a ONU repete o que diz Washington e tenta nos atribuir os crimes desumanos deste conflito".

A afirmação do porta-voz da guerrilha é uma resposta às declarações feitas horas antes pelo general John R. Allen, comandante da Força de Assistência à Segurança (ISAF) no Afeganistão.

Allen manifestou sua satisfação à imprensa pelo último relatório da UNAMA que mostrou uma "redução" do número de vítimas civis causadas pela coalizão internacional.

Com informações da Prensa Latina