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Celac apoia integração para igualdade na América Latina

A secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e Caribenhos(Celac), Alicia Bárcena Ibarra, somou-se, nesta segunda-feira (6), à exortação do presidente cubano Raúl Castro de priorizar a temática econômica na região.

Depois de proferir, nesta segunda-feira (6), a conferência "os processos de integração regional na América Latina e Caribe", na Universidade de Havana, Ibarra enfatizou: “gostei muito de terem priorizado o tema econômico" na 11ª Cimeira da Alba celebrada na Venezuela.

Todo isso passa, sublinhou, por "como nos ajudamos para nos complementarmos e então darmos esse salto produtivo, com o olhar sempre em busca de uma sociedade igualitária".

Citou como exemplo a criação do Banco da Alba, uma espécie de banca de desenvolvimento que alicerça investimentos e projetos nas pequenas comunidades e promove o avanço local e a produtividade, com um olhar novo e diferente.

"Exalto o que se disse na reunião, no fundo é como procurarmos uma economia diferente que seja mais sustentável desde a perspectiva ambiental, energética, mais eficiente e obviamente direcionada à igualdade", apontou Bárcena Ibarra.

Ressaltou que a região latino-americana mostra maior resistência que outras face à crise econômica global, pois 12 de seus 18 países têm conseguido avanços na igualdade.

“Acredito”, disse, “que sociedades mais igualitárias são mais resistentes a problemas dessa índole, mas ainda não estamos do outro lado da crise", alertou.

Socialismo

Assinalou que falta avançar, justamente, em termos transparência em relação à política produtiva e ressaltou que gosta muito do que vê em Cuba, onde estão certos de para onde têm que andar: conseguir segurança alimentar e se alicerçar em matéria energética e produtiva.

A dirigente da Celac afirmou que o socialismo tem uma enorme vantagem: a igualdade, e "é precisamente a igualdade como titularidade de direitos o que eu acho é o futuro desta região, lhe dar toda a força ao trabalho, usar o capital para fins sociais".

“Não estou contra o capital”, assinalou, “estou na contra é o capitalismo financeiro selvagem, que aprofunda as desigualdades e a concentração da riqueza”.

"Se entendemos por socialismo a lógica de acumulação de riquezas, a lógica de distribuição de ganhos e benefícios, estou com ele", afirmou Bárcena Ibarra.

Fonte: Prensa Latina