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Índice de suicídio entre soldados dos EUA cresce 30%

As investidas do Exército americano para travar duas guerras imperialistas ao mesmo tempo por mais de oito anos deixaram marcas nos soldados do país. No ano passado, o número de suicídios entre oficiais da ativa foi o maior, desde 2007, e os crimes sexuais violentos tiveram aumento de 30%, ante o ano anterior.

Segundo relatório divulgado pelo órgão, 164 soldados se mataram em 2011. Houve, entretanto, 1.112 tentativas de suicídio no período. Crimes sexuais violentos totalizaram 1.313. As principais vítimas foram oficiais do sexo feminino na ativa com idades entre 18 e 21 anos. Os estupros representaram 39% dos crimes.

Comparando a taxa de crimes para cada 100 mil soldados, o levantamento também aponta que os estupros crescem desde 2006, tendo atingido recorde no ano passado. Segundo o Exército, o aumento nos crimes sexuais deve-se ao uso de álcool pela tropa e pela substituição das barracas usadas em campo por outras que permitem mais privacidade.

Outra hipótese é que as denúncias tenham ficado mais frequentes e portanto mais crimes passaram a ser conhecidos e computados. O general Peter Chiarelli disse que a maior parte das pessoas tira a própria vida no início da carreira. O coordenador da campanha pró-vida do órgão, Walter Morales, acrescentou, em nota no site oficial, que existe um estigma que impede os oficiais de procurar ajuda para problemas relacionados à saúde mental.

Ele diz que os soldados temem que o registro desses tratamentos em suas fichas de trabalho dificulte o acesso a promoções e a oportunidades de trabalho. Em 2010, o Exército iniciou um programa piloto que permite o tratamento confidencial de problemas relacionados ao abuso de álcool.

Outra medida foi alterar as perguntas nos questionários de segurança que os trabalhadores têm que preencher. "Informações sobre tristeza e aconselhamento familiar não precisam ser fornecidas", afirma Morales.

Fonte: Folha.com