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EUA e Coreia do Sul fazem manobras militares e provocam tensão

Os EUA e a Coreia do Sul iniciaram nesta segunda (27) os exercícios militares "Resolve Key", denunciados pela Coreia do Norte como ensaios de guerra contra seu território.

Para estes exercícios, que se estenderão até 9 de março, serão mobilizados 200 mil soldados sul-coreanos e 2,1 mil do Pentágono. A estes últimos se somarão 800 efeitivos procedentes de outros territórios, como relatado aqui.

Estas operações coincidirão , a partir de quinta, com as de "Foal Eagle", que terminarão em 30 de abril. Nestas manobras participarão 11 mil soldados no Pentágono, além das forças de Seul.

Com o início dessas simulações de guerra, a península se torna cenário de maiores tensões, uma situação pela qual a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) culpa as outras duas partes.

A agência norte-coreana de notícias Kcna chamou os Estados Unidos e a Coreia do Norte a refletir sobre as catastróficas consequências de suas provocações militares, a recordar que uma guerra afetará seriamente não só a península, mas tambémn a a paz e a segurança em toda a região.

No último sábado, o porta-voz da Comissão de Defesa Nacional RPDC qualificou estas manobras como "declaração de guerra em silêncio" e loucura belicista.

Ele acrescentou que, nessa situação, "o nosso exército e o povo tomarm uma decisão firme de defender a segurança e a paz do país, respondendo com uma guerra sagrada ao estilo coreano."

China

Neste contexo, a China reafirmou nesta segunda seu apoio ao diálogo entre os EUA e a Coreia do Norte, reiterando sua disposição de trabalhar com todos com vistas a promover as conversações a seis partes para a desnuclearização da península.

O porta-voz da Chancelaria, Hong Lei, disse a repórteres que Pequim intercambiou critérios com esses dois países, após a reunião de alto nível realizada na semana passada.

Ele acrescentou que a China também está disposta a continuar a desempenhar um papel construtivo na defesa da paz e estabilidade na península coreana e no nordeste da Ásia.

O porta-voz disse que os funcionários das chancelarias chinesa e norte-coreana trocaram opiniões sobre as relações bilaterais e assuntos regionais e internacionais de interesse mútuo.

Ele disse que as partes concordaram em promover a cooperação e a retomada das negociações de seis partes, paralisadas desde dezembro de 2008 e da qual a China é o país anfitrião.

Neste processo também estão envolvidos os Estados Unidos, a Rússia, o Japão e a Coreia do Sul.

Representantes de Washington e Pyongyang dialogaram nas últimas quinta e sexta-feira sobre vários temas, com resultados resumidos como um "pequeno passo", disse a delegação dos EUA.

Com Prensa Latina