EUA e Coreia do Sul fazem manobras militares e provocam tensão
Os EUA e a Coreia do Sul iniciaram nesta segunda (27) os exercícios militares "Resolve Key", denunciados pela Coreia do Norte como ensaios de guerra contra seu território.
Publicado 27/02/2012 10:06
Para estes exercícios, que se estenderão até 9 de março, serão mobilizados 200 mil soldados sul-coreanos e 2,1 mil do Pentágono. A estes últimos se somarão 800 efeitivos procedentes de outros territórios, como relatado aqui.
Estas operações coincidirão , a partir de quinta, com as de "Foal Eagle", que terminarão em 30 de abril. Nestas manobras participarão 11 mil soldados no Pentágono, além das forças de Seul.
Com o início dessas simulações de guerra, a península se torna cenário de maiores tensões, uma situação pela qual a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) culpa as outras duas partes.
A agência norte-coreana de notícias Kcna chamou os Estados Unidos e a Coreia do Norte a refletir sobre as catastróficas consequências de suas provocações militares, a recordar que uma guerra afetará seriamente não só a península, mas tambémn a a paz e a segurança em toda a região.
No último sábado, o porta-voz da Comissão de Defesa Nacional RPDC qualificou estas manobras como "declaração de guerra em silêncio" e loucura belicista.
Ele acrescentou que, nessa situação, "o nosso exército e o povo tomarm uma decisão firme de defender a segurança e a paz do país, respondendo com uma guerra sagrada ao estilo coreano."
China
Neste contexo, a China reafirmou nesta segunda seu apoio ao diálogo entre os EUA e a Coreia do Norte, reiterando sua disposição de trabalhar com todos com vistas a promover as conversações a seis partes para a desnuclearização da península.
O porta-voz da Chancelaria, Hong Lei, disse a repórteres que Pequim intercambiou critérios com esses dois países, após a reunião de alto nível realizada na semana passada.
Ele acrescentou que a China também está disposta a continuar a desempenhar um papel construtivo na defesa da paz e estabilidade na península coreana e no nordeste da Ásia.
O porta-voz disse que os funcionários das chancelarias chinesa e norte-coreana trocaram opiniões sobre as relações bilaterais e assuntos regionais e internacionais de interesse mútuo.
Ele disse que as partes concordaram em promover a cooperação e a retomada das negociações de seis partes, paralisadas desde dezembro de 2008 e da qual a China é o país anfitrião.
Neste processo também estão envolvidos os Estados Unidos, a Rússia, o Japão e a Coreia do Sul.
Representantes de Washington e Pyongyang dialogaram nas últimas quinta e sexta-feira sobre vários temas, com resultados resumidos como um "pequeno passo", disse a delegação dos EUA.
Com Prensa Latina