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UE aumenta pressão contra Síria e aprova mais sanções

Novas sanções contra a Síria foram aprovadas nesta segunda-feira (27) pela União Europeia, que busca pressionar o governo do presidente Bashar al-Assad e forçar sua saída. Desta vez, as sanções têm a intenção de congelar as contas do Banco Central da Síria e a maioria das transações com essa entidade, de acordo com comunicado divulgado pelo bloco.

A fim de impedir o financiamento do Executivo de Al Assad, a União Europeia também decidiu proibir a compra de ouro, metais preciosos e diamantes do país governado por Assad. Os voos para transporte de cargas da Síria ou operados por companhias aéreas da nação árabe com destino aos países do bloco também estão restritos.

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Além disso, sete ministros sírios foram incluídos na lista de pessoas que estão proibidas de obter um visto de entrada na União Europeia. O número de sírios que integram tal lista chega a cerca de 150.

A UE já havia imposto algumas rodadas de sanções à Síria, congelando ativos de 100 pessoas e 38 organizações, além de tentar cortar o suprimento do país nos setores de petróleo e gás.

As novas sanções foram adotadas na manhã desta segunda-feira pelos ministros das Relações Exteriores dos 27 países do bloco reunidos em Bruxelas, disse Maja Kocijancic, uma porta-voz do grupo. No encontro, os titulares sublinharam a "necessidade" de aumentar a pressão sobre Damasco para supostamente ajudar a acabar com a crise social e política no país desde março do ano passado.

O ministro britânico, William Hague, disse que as sanções de hoje "continuarão cortando os pontos fortes (que a Síria tem) para se financiar", após o veto imposto pela UE às exportações petrolíferas daquele país em uma rodada anterior.

"Não há solução militar para este conflito. Apenas a opção política de seguir pressionando, reforçando as sanções, instando a oposição a que esteja unida", disse, por sua vez, o encarregado de Assuntos Exteriores, o dinamarquês Villy Søvndal.

Cerca de 14,6 milhões de sírios foram convocados neste domingo para exercer o seu direito de voto sobre o projeto de uma reforma à Constituição do país. Nas urnas, os cidadãos decidiram de forma livre e democrática sobre o futuro da próxima Constituição, que inclui reformas propostas pelo presidente Bashar Al Assad, em resposta a demandas explicitadas desde o início dos protestos a favor e contra o governo.

Com agências