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Exército sírio recupera reduto da oposição armada

O exército sírio assumiu o controle de todo o bairro rebelde de Baba Amro, em Homs, sitiado depois de 26 dias de artilharia e bombardeios, informou uma fonte dos serviços de segurança em Damasco.

"O exército sírio controla a totalidade de Baba Amr, caíram todos os últimos focos de resistência", afirmou esta fonte.

"Os soldados revisaram cada rua, túnel e casa, buscando armas e homens armados. Ainda resta um pouco de trabalho a fazer, mas posso garantir que Homs voltou a ser território seguro", assinalou uma fonte de segurança síria, que pediu o anonimato, à agência EFE.

O chefe de Exército Sírio Livre (ESL) – força armada da oposição fundada pelo coronel desertor  Riad Assaad -, confirmou a informação à AFP nesta quinta-feira, mas disse se tratar de uma retirada tática de seus combatentes do bairro rebelde, depois de dois dias de combates para tentar conter uma ofensiva terrestre das forças do governo. "O ESL se retira taticamente de Baba Amro para poupar a vida dos civis", declarou.

Armando a oposição

O Conselho Nacional Sírio (CNS), o principal grupo da oposição, pretende organizar a entrega de armas aos rebeldes sírios, por meio de um "gabinete militar" criado recentemente, anunciou em Paris o presidente do CNS, Burhan Ghaliun.

"Sabemos que há países que manifestaram o desejo de armar os revolucionários. O CNS, por meio do gabinete militar, quer organizar este fluxo para evitar entregas diretas procedentes de países particulares", declarou à imprensa. "Fica descartado que as armas entrem na Síria sem controle", completou.


Ghaliun afirmou que o gabinete militar ficará o mais perto possível do campo de batalha, provavelmente na Turquia, e terá por missão constatar quais armas são necessárias para quais missões.

Ao anunciar na quarta-feira a criação do gabinete militar, o CNS admitiu "a importância de controlar a resistência armada na Síria" e de apoiar o Exército Sírio Livre (ESL), composto essencialmente por desertores.

Contraditoriamente, o presidente do CNS indicou que o objetivo do novo comitê é "proteger a revolução pacifica e popular" na Síria e não "favorecer uma guerra civil no país".

O CNS assume assim a militarização crescente do movimento de contestação contra o regime de Bashar al-Assad, iniciado há quase um ano.

Com agências