Governos cortam na carne dos pobres para favorecer os ricos
Nos últimos meses, os Bancos Centrais de todo o mundo bateram todos os recordes em quantias de dinheiro fornecidas ao sistema financeiro global, composto em sua maioria por bancos privados.
Publicado 02/03/2012 13:24
Os métodos são vários, desde drásticos cortes das taxas de juros, compra de ativos de risco, até a concessão de empréstimos baratos.
Nos últimos três anos e meio, os Bancos Centrais dos Estados Unidos, Reino Unido, Japão e dos 17 países do euro desembolsaram cifras astronômicas com essa finalidade, cerca de 9 trilhões de dólares.
Há quem diga que o fluxo de dinheiro tenha tornado mais provável um aumento da inflação. Os analistas apontam como evidência a alta dos preços do petróleo, dos alimentos, do ouro e outras matérias primas. Advertem ademais que a disponibilidade de dinheiro poderia fazer com que os investidores façam subir os preços das ações a níveis perigosos.
Igualmente, indica-se que a crise levou os Bancos Centrais a aceitar investimentos de alto risco dos quais os bancos queriam desfazer-se. O problema é que os bancos centrais devem eventualmente tirar esses ativos de suas contabilidades. E isso traz riscos.
Uma nova rodada de empréstimos de baixo custo feira durante a semana pasada pelo Bancoo Central Europeu aos bancos é a mais recente injeção de capitais. O Banco Central Europeu emitiu 712 bilhões de dólares em empréstimos a 800 bancos em dezembro.
Fonte: Cubadebate