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Pedido de desculpas não impede novas críticas a Valcke 

 O pedido de desculpas formais apresentado pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, não impediu as críticas dos parlamentares brasileiros à fala do dirigente esportivo. Nesta terça-feira (6), o senador Sérgio Souza (PMDB-PR) manifestou “integral apoio” ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo, no impasse com o interlocutor oficial da entidade para a organização da Copa do Mundo de 2014.

 Valcke criticou duramente os organizadores brasileiros do evento devido ao atraso nos preparativos e também na aprovação da Lei Geral da Copa usando termos considerados chulos.

Para o deputado Renan Filho (PMDB-AL), “o secretário falou muito, de forma inapropriada, com linguajar chulo. Não é desta forma que o Brasil precisa de interlocução. Ao invés de ajudar, está atrapalhando, precisa pedir desculpas ao ministro Aldo e ao país para se manter como interlocutor”.

O deputado, que preside a comissão especial que analisa a Lei Geral da Copa, admite que algumas críticas têm fundamento, “porque a Lei Geral da Copa deve ser aprovada e enviada para o Senado”. E prometeu continuar trabalhando para acelerar a votação da matéria.

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), também falou sobre o assunto, dizendo que “compreendemos a expectativa (da Fifa), mas o Brasil é um país democrático, que tem parlamento que discute e debate, não existe nada imposto pela entidades daqui, quanto mais pelas entidade de fora”.

E disse ainda que “é uma declaração que merece que a gente devolva o chute daqui pra lá”, em referência à fala de Valcke de que o Brasil precisa levar um “chute no traseiro” para conseguir viabilizar a tempo a infraestrutura para realizar a Copa do Mundo de 2014.

Afronta ao país

“Trata-se de uma afronta ao país e a nossas instituições. O senhor Valcke desrespeitou os Poderes Executivo e Legislativo do Brasil e, assim, a sociedade brasileira como um todo”, disse o senador Sérgio Souza, em discurso no Plenário do Senado, manifestando apoio a atitude de Aldo Rebelo (ministro do Esporte) de pedir à Fifa que nomeie outro interlocutor para o lugar de Valcke.

Para ele, a afirmação foi inapropriada e ofensiva e o secretário-geral não possui discernimento, sensibilidade política, nem polidez para a função. “Tenho a convicção de que o Brasil realizará uma grande Copa do Mundo e sei que, para tanto, precisamos avançar com as obras e com os demais procedimentos. Assim faremos!”, declarou.

De Brasília
Com agências