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Mulheres mobilizam Marabá para luta em favor do meio ambiente

Um grupo de mulheres que integra a Jornada Nacional de Mulheres Camponesas contra o Agronegócio por Soberania Alimentar as agricultoras do MST do sul e sudeste do Pará (MST), está acampado, desde segunda-feira (5), na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Marabá, no Pará. Pelo cenário, tomado de redes e barracas de camping, as mulheres estão dispostas a ficar por tempo indeterminado.

Na quarta-feira (7), as agricultoras realizaram audiência pública com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Incra, e fecharam a BR 151 que liga a cidade a região próxima ao polo de gusa do Distrito Industrial no município.

São pelo menos cinco pontos de reivindicação das mulheres, um deles está relacionado ao Novo Código Florestal cujo entendimento do MST é que se aprovado em sua plenitude anistiará diversos desmatadores e causará prejuízos ao meio ambiente.

Uma das coordenadoras do movimento, Maria Raimunda, disse ao Vermelho que a manifestação mobiliza cerca de 700 agricultoras, unidas pela luta contra o agronegócio e soberania ambiental.

“Durante a audiência elaboramos uma Carta que será enviada hoje [quinta-feira] à presidente Dilma. Nesse documento as mulheres camponesas do MST do Pará exigem que o novo plano de obtenção do Incra Nacional, que a presidente lançará em abril, defina que todas as terras públicas, autuadas por trabalho escravo e com multas do Ibama sejam desapropriadas e destinadas ao assentamento de reforma agrária”, informou a dirigente, ao Vermelho.

Maria Raimunda também falou que o movimento lançará manifesto nesta quinta-feira (8) para alertar a sociedade brasileira sobre os retrocessos que vêm sendo constatados na área socioambiental e estimular a reflexão para incentivar ações que revertam esse quadro.

“As alterações no Código Florestal, a redução de Unidades de Conservação, a redução do poder de fiscalização do Ibama, os atropelos no licenciamento ambiental, a paralisação da agenda climática, a regularização fundiária, o aumento da violência no campo são alguns dos pontos levantados pelo documento intitulado”, finaliza ela.

São Paulo

Um grupo de agricultoras também participou de uma audiência semelhante na sede do Incra em São Paulo, na região central. Na pauta de reivindicação que foi apresentada durante a atividade estão: renegociação de dívidas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), financiamento para a construção de moradias nos assentamentos, ampliar os investimentos com educação entre os moradores, entre outras.

de São Paulo
Joanne Mota