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João Batista de Andrade lidera movimento de cineastas

 “Nós, cineastas, nos mobilizamos a favor de tantas causas. Até mesmo dos cineastas iranianos. E quando o assunto diz respeito à democracia brasileira, não vamos dizer nada?”, questiona o cineasta João Batista de Andrade, autor de um manifesto a favor da Comissão da Verdade, divulgado nesta terça-feira (6) na imprensa.

O consagrado diretor de O homem que virou suco encaminhou o texto nesta segunda-feira (5) aos ministros Celso Amorim (Defesa), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Ana de Hollanda (Cultura).

O estopim para a elaboração do manifesto foi a entrevista do general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva, ex-secretário-geral do Exército, à jornalista Miriam Leitão, publicada no jornal O Globo na sexta-feira (2). Na opinião do militar, “isso é um trabalho para historiadores e pesquisadores”. O general também expressou dúvida sobre o fato de que a presidente Dilma Rousseff foi torturada na prisão.

João Batista de Andrade explica que há outras motivações para o documento:  “Não queremos ficar só como resposta a ele, e sim dizer que estamos cansados de ver isso se repetir: a reação absurda desses setores minoritários que fazem isso para impedir o real andamento das investigações. Não quisemos colocar pedido de punição, isso é problema do governo. Queremos que o governo, punindo ou não, faça a comissão andar, que não recue", afirma.

A diretora Lúcia Murat, que foi torturada durante a ditadura, também assina o manifesto, que foi lançado com 110 adesões: "Se a gente, a sociedade civil, que é maioria, não defender nosso direito de conhecer a história do Brasil, quem vai?"

Com informações do R7