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Kofi Annan se diz otimista depois de 2ª reunião com Assad

O enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, encontrou-se neste domingo (11) com o presidente sírio, Bashar al-Assad, para uma segunda rodada de discussões sobre a violência no país.

No sábado (10), Assad se declarou aberto ao diálogo, mas exigiu que cessasse a ação do sgrupos armados terroristas.

Annan está na Síria com a missão de obter um cessar-fogo entre o governo e oposição. Da Síria, ele parte para o Catar, onde se encontrará com líderes da oposição. Nesta segunda-feira (12), o ex-secretário-geral da ONU visita a Turquia, um dos países que mais se opõe ao governo sírio na região e apoia a oposição.

Depois de duas reuniões com o presidente Bashar al-Assad, o enviado especial para negociações de paz se mostrou otimista, mas alertou que será difícil pôr fim ao derramamento de sangue na Síria.

"Será difícil, será complicado, mas precisamos ter esperança. Eu estou otimista", disse Annan à imprensa em Damasco após o encontro.

"A situação está tão ruim e tão perigosa que nós não podemos nos dar ao luxo de falhar", disse o ex-secretário-geral da ONU, em resposta a uma pergunta sobre se o diálogo com o governo era inútil.

Annan afirmou que havia entregado um conjunto de "propostas concretas" que objetivam pôr fim à crise na Síria.

"Apresentei um conjunto de propostas concretas que teriam um impacto real na situação no local e que ajudariam a iniciar um processo para pôr um fim à crise", explicou.

"Nossas conversas foram centradas nos objetivos centrais deste processo, o fim imediato da violência e das mortes, acesso às agências humanitárias e o início de um diálogo político", acrescentou Annan.

"A resposta realista é (aceitar) a mudança e adotar reformas que assentariam as bases sólidas de uma Síria democrática e de uma sociedade pacífica, estável, pluralista e próspera, com base no direito e no respeito aos direitos humanos", afirmou.

Membros da oposição rejeitaram categoricamente qualquer diálogo com o governo, afirmando que as promessas anteriores de reformas não se concretizaram.

Mas Annan ressaltou que o único caminho a seguir é "compreendendo e fazendo concessões", enquanto convocou o povo sírio a fazer com que suas vozes sejam ouvidas.

"Paz e estabilidade na Síria… não é a responsabilidade de um mediador sozinho, nem de um governo sozinho. Vocês devem fazer com que suas vozes sejam ouvidas."

Annan afirmou que disse a Assad que sua principal preocupação era "o bem-estar do povo sírio, que devemos colocar os interesses do povo no centro de todos os nossos esforços".

Com agências