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Grupos armados massacram mulheres e crianças na Síria

Grupos armados massacraram famílias completas do bairro pobre de Karm Zaytoun, na cidade síria de Homs. Entre as vítimas há crianças, mulheres e idosos, denunciaram autoridades e grupos de direitos humanos.

A imprensa e televisão sírias mostram nesta terça (13) imagens comoventes de cadáveres amontoados sobre o tapete ensanguentado da sala de uma moradia, ou de menores banhados em sangue em um sofá e um idoso sentado em um banco com um tiro na testa. Em outras se veem os corpos de homens jovens com as mãos atadas às costas, atirados na rua. Pelo menos 26 crianças e 21 mulheres foram encontrados mortos. 

Durante a noite do domingo (11), antes de outra reunião no Conselho de Segurança da ONU, indivíduos armados invadiram moradias de famílias pobres alauitas, no humilde bairro Karm Zaytoun, e mataram-nas com requintes de crueldade.

Depois de qualificar esses assassinatos como crime atroz para servir a interesses políticos e midiáticos na campanha contra a Síria, o ministro de Informação, Adnan Mahmoud, denunciou que os países como Catar e Arábia Saudita, que armam e entregam dinheiro a esses grupos, são também cúmplices de tal barbárie.

Também acusou os canais Al Jazeera e Arabiya de serem responsáveis por esses atos abjetos e enfatizou que as pessoas que esses meios apresentam como correspondentes em Homs e outras localidades são, na verdade, homens armados e terroristas que participam de tais crimes, os gravam e depois os transmitem distorcendo a realidade.

A agência de notícias Sana afirma que os assassinos deixaram uma mensagem na parede de uma das moradias em que se lê: "O Batalhão Farouq passou por aqui".

Citada por esse meio, uma mulher residente nessa comunidade de maioria alauita expressou que os homens armados "raptam, violam, matam e atiram os corpos nas ruas; os filmam e enviam as gravações à Al Jazeera e a Arabiya para culpar às forças sírias de tais desmandos".

O Centro Consultivo Sírio de Estudos sobre Direitos Humanos denunciou que os crimes cometidos na noite do domingo em Homs foram perpetrados como parte de um sangrento plano dirigido por serviços de inteligência estrangeiros e com a cobertura e orientação de meios externos.

Acentuou que os responsáveis por tais fatos o perpetraram antes da sessão do Conselho de Segurança para utilizá-los como pretexto para uma flagrante interferência na Síria sob o manto de proteger os direitos humanos.

Uma declaração dessa organização afirma que os grupos armados acolhem jornalistas que entram clandestinamente em território sírio através das mesmas vias que empregam para introduzir ajuda logística, armamentos e mais militantes extremistas.

O Centro convocou a comunidade internacional e os órgãos de direitos humanos a usarem sua influência para pressionar aos regimes implicados no derramamento de sangue na Síria para que detenham o envio de elementos terroristas e o fluxo de armas.

Com Prensa Latina