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EUA: políticas de geração de empregos não beneficiam negros

Apesar da anunciada recuperação do mercado de trabalho e da presença do primeiro presidente negro na história dos Estados Unidos, os negros mantêm uma elevada taxa de desemprego, superior aos 10%.

Na semana passada, o Departamento de Trabalho anunciou a criação de 227 postos de trabalho em fevereiro, mesmo com a taxa nacional de desemprego ainda em torno de 8,3%.

A medida, no entanto, não beneficiou os negros: dados governamentais indicam que, no grupo, a taxa de desemprego chega a 14,1%, quase o dobro com relação a dos cidadãos brancos, com 7,3%.

As cifras desfavoráveis afetam um dos grupos fundamentais de votantes para o presidente Barack Obama, que busca se manter por outros quatro anos à frente do Executivo, comentou a página digital All Gov.com.

Durante a eleição de 2008, o atual presidente conseguiu mais de 90% dos votos dos eleitores afro-estadunidenses.

Sem previsão de mudança

A situação pode não melhorar no curto prazo para os negros, de acordo com o acadêmico Algernon Austin, que dirige o Instituto de Política sobre a Raça, Etnicidade e Economia (PREE).
Na opinião de Austin, a taxa de desemprego dos negros continuará sendo superior aos 10% provavelmente até 2015.

Travis Waldron, da organização Think Progress, considera que este fenômeno deve-se ao fato de os trabalhadores de origem africana encontrarem mais empregos com maior facilidade no setor público do que os brancos; no entanto, desde a recessão de 2008, foram cortados 600 mil postos de trabalho do governo.

A triste realidade é que o alto desemprego tem sido uma constante na vida dos negros na maior parte dos últimos 50 anos, em contraste com os brancos que padeceram somente breves períodos com um elevado desemprego, estimou a publicação.

Por exemplo, a taxa de desemprego entre os negros permaneceu acima dos 10% de 1974 a 1997, assim como se manteve nos últimos quatro anos, os da administração Obama, afirmou a fonte.

Com informações da Prensa Latina