Cuba quer tratado que elimine e proíba armas nucleares
Cuba reiterou, em Genebra, seu chamado a preservar e fortalecer a Conferência de Desarmamento (CD) da ONU e afirmou que esta é uma responsabilidade de todos os Estados.
Publicado 16/03/2012 10:13
Ao falar nesta quinta-feira ante o CD, o delegado cubano Yusnier Romero expressou que as intervenções das últimas sessões plenárias confirmam a importância que a grande maioria dos países dá a este fórum multilateral.
No entanto, alertou sobre a insistência de alguns Estados de deixar de lado a conferência e começar a negociar tratados em outros espaços, o que suporia um perigoso passo de retrocesso.
"Para Cuba, assim como para os demais membros do Movimento de Países Não Alinhados (Noal), o desarmamento nuclear é e deve continuar sendo a maior prioridade dentro do programa de trabalho da Conferência", expressou Romero.
A proposta do Noal consiste num plano de ação para a redução gradual das armas atômicas até sua total eliminação e proibição no mais tardar em 2025.
Cuba considera que o CD tem a capacidade para negociar em uníssono um tratado que elimine as armas nucleares, proíba a carreira de armamentos no espaço ultra-terrestre e a produção de materiais físseis para a fabricação de armas atômicas.
"Este tratado deve brindar garantias de segurança efetivas para os Estados que, como Cuba, não possuem deste tipo de arsenais", declarou Romero.
A Conferência de Desarmamento foi criada em 1979 num período extraordinário de sessões da Assembléia Geral da ONU e na atualidade conta com 65 membros.
Fonte: Prensa Latina