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Maior partido egípcio rejeita continuidade de governo designado

O Partido Liberdade e Justiça (PLJ), que ocupa metade das cadeiras do Parlamento egípcio, rejeitou nesta quarta-feira (21) a continuidade do governo liderado por Kamal Ganzouri, designado pela Junta Militar que dirige o país.

"O Executivo fracassou em administrar os assuntos do país nos aspectos políticos, econômicos, sociais e de segurança, e até agora não apresentou nada que convença o povo e o Parlamento que deve continuar", ressaltou em comunicado o PLJ, organização ligada à Irmandade Muçulmana.

Para o partido, as atuais autoridades só apresentaram "crise e problemas", e por isso é necessário que "a maioria representada no Parlamento forme um Executivo de coalizão que aceite sua responsabilidade".

Há um mês, o partido já havia solicitado a formação de um governo de unidade, o que foi rejeitado pelos dirigentes militares, que expressaram seu apoio à continuação de Ganzouri no cargo.

O grupo lembrou que o atual governo não conseguiu pôr fim à escassez de gasolina e diesel, resolver a crise de gás ou frear a alta de preços dos artigos de primeira necessidade.

No comunicado, o PLJ também criticou o fato de as autoridades não terem sido capaz de resolver a situação de insegurança que reina no país desde a derrubada do antigo governo de Hosni Mubarak.

O Parlamento pediu em várias ocasiões neste mês o comparecimento de Ganzouri para pedir-lhe explicações por alguns assuntos polêmicos, como o julgamento contra funcionários de organizações não-governamentais e a suspensão da proibição aos acusados de saírem do país.

No entanto, o primeiro-ministro não se apresentou, e por isso os deputados propuseram a opção de retirar o voto de confiança ao governo, uma moção que poderia ser estudada na próxima semana.

Com agências