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Irã exige solução negociada para crise síria

O Irã afirmou nesta quinta-feira (23) que apoiará qualquer plano que garanta as reivindicações da nação síria e a implementação das reformas anunciadas pelo presidente Bashar al-Assad, mas rechaçou ingerências nos assuntos internos de Damasco.

O porta-voz da chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast, destacou que a atual situação na Síria deve ser solucionada mediante a diplomacia, evitando qualquer medida de ingerência e a tomada de decisões apressadas.

Mehmanparast agregou que Teerã saudou o plano de reformas promovidas por Al-Assad para devolver a estabilidade e a paz a seu país, bem como abrir o caminho para um diálogo de unidade nacional.

A reação do país persa aconteceu em seguida ao pronunciamento unânime feito na quarta-feira (22) pelo Conselho de Segurança da ONU, dirigido a cessar as críticas condições que a Síria atravessa e deter a violência proveniente de todas as partes.

Nesse sentido, o Irã assegurou que também apoia o trabalho do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, empenhado em resolver a atual crise pela via diplomática.

Tais posturas, enfatizou o porta-voz, inserem-se no plano de seis pontos proposto por Annan e que contempla a supervisão por parte da ONU de um cessar fogo no país situado na costa do Mediterrâneo.

Da mesma forma, a República Islâmica repudiou pretensões de potências ocidentais e de alguns Estados árabes de enviar mais armas à oposição contra Al-Assad, precisamente ao denominado Conselho Nacional Sírio, criado em Istambul com apoio aberto da Turquia.

A proposta do ex-secretário geral da ONU inclui também o fim das hostilidades durante duas horas diárias, para fornecer ajuda humanitária aos necessitados e a retirada das tropas governamentais e do armamento pesado das cidades mais afetadas. De igual maneira, defende a permissão de acesso a todas as áreas atingidas pelos confrontos.

Fonte: Prensa Latina