João Ananias propõe debater segurança dos brasileiros no exterior
Nesta quinta-feira, 22, no Plenário da Câmara, o deputado federal João Ananias (PCdoB-CE) falou sobre a morte do estudante brasileiro na Austrália e informou que apresentou requerimento na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional solicitando audiência pública para discutir o caso. Além disso, ele propôs também o debate sobre a questão da segurança dos brasileiros que fazem intercâmbio no exterior.
Publicado 23/03/2012 10:29 | Editado 04/03/2020 16:29
João Ananias ressaltou que a indignação é grande e se torna maior quando “nos colocamos no lugar da família de Roberto Laudisio”. Ele observou ainda que esses episódios não podem ficar sem respostas e sem punições.
Leia o discurso na íntegra
Apresentei nesta quarta-feira (21) requerimento junto à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, solicitando realização de audiência pública para discutir o assassinato do estudante brasileiro Roberto Laudisio, de 21 anos, por policiais de Sydney, Austrália. Fato que revoltou grande parte da nossa gente, pela brutalidade mostrada pelas câmaras das TV’s.
Propus também que se debatesse a segurança de brasileiros, estudantes ou trabalhadores no exterior, principalmente, num momento que o Governo da Presidente Dilma, acertadamente aceita bolsas de estudos para graduação e pós-graduação em outros países. Qual a confiança que eles e seus familiares têm diante de acontecimentos como esse?
O pior é que não se trata do primeiro caso. Quem não lembra do brutal assassinato de Jean Charles brasileiro, perpreteado por policiais britânicos e que até hoje ficou sem punição? Alegaram que o confundiram com um “terrorista” e ficou por isso mesmo.
A crise do capitalismo agravada nos últimos anos gerou uma exacerbação da paranoia de perseguição, respondendo com mais violência contra aqueles que imaginam ameaçar os donos da mercadoria. E ai, basta ser pobre, preto ou não ter os olhos azuis, para estar na mira.
É oportuno lembrar o recente massacre promovido por um sargento americano que matou 16 inocentes no Afeganistão. O que aconteceu com ele? Foi imediatamente retirado daquele País. Imaginemos se tivesse acontecido ao contrário, um afegão assassinasse americanos, seu destino seria a morte ou as terríveis prisões de Guantánamo.
O Brasil, que do presidente Lula para cá se impôs no cenário internacional pela defesa de um tratamento mais justo, inclusive, na distribuição das riquezas. Episódios como esses não podem ficar sem respostas e sem punições. Nossa indignação que já é grande, triplicará, basta nos colocarmos no lugar da família de Roberto Laudisio.
Fonte: Assessoria do Deputado Federal João Ananias (PCdoB-CE)