Sem categoria

Líbano rechaça intervenção estrangeira em crise síria

O ministro libanês das Relações Exteriores, Adnan Mansour, destacou nesta sexta-feira (23) que a postura de seu país com respeito à Síria coincide amplamente com a da Rússia, oposta a qualquer interferência estrangeira nos assuntos domésticos de Damasco.

Mansour também expressou a rotunda rejeição do Líbano à ideia de armar a oposição ao presidente Bashar Assad, como propõem países do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, concretamente Arábia Saudita e Catar.

Leia também:

Síria na mira do imperialismo; Terrorismo vitima civis

Em uma entrevista que reproduziu nesta sexta-feira (23) o canal Manar TV, o chanceler libanês mostrou claro respaldo ao respeito da soberania e integridade territorial da Síria, aspectos – enfatizou – defendidos por Moscou no Conselho de Segurança da ONU e outros fóruns mundiais.

De acordo com o titular, Beirute está agora "mais comprometido com sua postura que antes", ainda que destacasse que sua correção foi provada depois de um ano de crise no vizinho país.

O Líbano, afirmou Mansour, "nunca assistirá à conferência dos chamados Amigos da Síria", que está previsto se celebrar em Istambul em abril próximo com auspícios da Tunísia, Turquia e Ocidente.

A respeito, esclareceu que "a relação do Líbano é com o Estado sírio e os acontecimentos que têm lugar ali não significam que devamos ir demasiado longe e atuar ilegalmente".

O chanceler asseverou que seu país está a favor do diálogo entre os setores em conflito "como base para solucionar a crise", e fez questão de lembrar que os países árabes não deve ter parcialidade ou exercer pressões unicamente sobre o governo do presidente Assad.

"Não há outra via de saída a não ser o diálogo e a solução política", remarcou ao declarar que a liderança síria tem respondido às demandas de reformas desde o mesmo começo da crise e está também trabalhando nelas com a aprovação de leis e regulações.

Mencionou como transformações mais proeminentes no âmbito jurídico a nova Constituição, as leis de Partidos e de Imprensa, e os preparativos para as eleições legislativas.

Recordou, ademais, que o Líbano depende da Síria nos domínios econômico, comercial e outros, daí que não possa aprovar as sanções aprovadas pela Liga Árabe contra Damasco, que se alinham com a política de hostilidade de potências ocidentais.

Fonte: Prensa Latina