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Fatores econômicos e políticos criam atritos entre China e EUA

Nos últimos dias, os EUA, junto com a União Europeia e o Japão, apresentaram um litígio à OMC (Organização Mundial do Comércio), com o objetivo de quebrar a restrição da China para a sua exportação de terra rara. Esse é um exemplo representativo do agravamento dos atritos comerciais entre a China e os EUA. Para analistas, por trás dos conflitos comerciais, estão fatores econômicos e políticos.

A política de comércio exterior dos EUA sempre critica a China, tendo como duas ferramentas fortes a taxa de câmbio e o protecionismo comercial. Há alguns dias, focalizaram mais na taxa de câmbio, para promover a transformação econômica nacional. Porém, a moeda chinesa já valorizou 4,86% em relação ao dólar estadunidense em 2011, o que tornou irrazoável a crítica dos EUA contra a China. Depois que a medida da taxa de câmbio perdeu a legitimidade, o protecionismo se tornou uma escolha necessária para os EUA.

A mudança na política comercial norte-americana está intimamente ligada com as eleições gerais do país neste ano. A atitude cada dia mais arbitrária do governo de Barack Obama na política comercial com a China contra-atacou fortemente a censura dos republicanos, acrescentando uma garantia para vencer as eleições.

Há muito tempo, os produtos chineses exportados para os EUA eram de indústria transformadora, com pequeno valor agregado e baixo nível tecnológico. No entanto, com o desenvolvimento industrial acelerado dos últimos anos e com as políticas de incentivo do país para a inovação tecnológica empresarial, o teor tecnológico dos produtos chineses tem aumentado gradualmente.

Nessa circunstância, os atritos comerciais entre a China e os EUA foram ampliados para energia, indústrias emergentes estratégicas e outros setores avançados. O governo de Obama pretende realizar a transformação de estratégia energética, enfrentar a crise econômica e estimular o emprego nacional, através do fortalecimento da barreira comercial nesses setores.

Ainda em 2010, os EUA lançaram uma investigação sobre a indústria de energia limpa da China porque a superioridade chinesa na área de energia eólica afetou a concorrência das empresas norte-americanas. O resultado da investigação aponta que o subsídio da China ao setor de energia limpa provocou o aumento do deficit dos EUA para a China.

O recente conflito com as terras raras pode ser considerado como uma continuação da investigação de energia limpa. É previsto que, no futuro, devem haver mais conflitos nas áreas de energia e recursos estratégicos entre os dois Estados.

Como a China deve enfrentar essa tendência de agravamento dos atritos comerciais?, pergunta-se a agência chinesa de notícias Xinhua.

"Em primeiro lugar, deve reforçar as negociações bilaterais e multilaterais para resolver as disputas comerciais. A China e os EUA são mutuamente o segundo maior parceiro comercial um do outro. É normal ocorrer fricções ou disputas, mas a cooperação é a única saída", afirma.

"Segundo, a China deve acelerar a atualização de tecnologia e indústria, elevando o valor agregado dos produtos de exportação. Além disso, o governo chinês deve estimular as empresas a tomarem a iniciativa de lançar investigações antidumping e antissubsídio, reprimindo dessa maneira o protecionismo comercial dos EUA. Por fim, a China deve insistir firmemente na política de proteger os recursos estratégicos do país", aponta a agência.

Com agências