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Promessas de segurança nuclear fecham Cúpula de Seul

A cúpula de segurança nuclear, que terminou nesta terça (27) em Seul, aprovou o Comunicado de Seul, onde os governos de todos os países presentes se comprometem a adotar medidas para intensificar a segurança nuclear e reduzir a ameaça do terrorismo nuclear, além de evitar o contrabando de materiais atômicos.

O documento estabelece o final de 2013 como data limite para a elaboração de uma meta concreta no que respeita à redução do uso do urânio enriquecido, diminuindo assim o risco de ocorrência de atentados nucleares.

Além disso, é ainda pedida uma gestão mais ativa das substâncias radioativas, como combustíveis e resíduos nucleares, que poderiam ser usadas em ataques terroristas. De forma a lidar com o tráfico ilegal de materiais nucleares e substâncias radioativas, os governos de todos os países precisam adotar medidas mais eficazes no monitoramento da trajetória desses materiais.

A questão das usinas nucleares teve especial relevância na reunião de Seul devido ao acidente do ano passado em Fukushima, que, segundo os líderes, ressaltou o 'nexo' entre a segurança das usinas atômicas e a prevenção do terrorismo nuclear.

Por isso, na declaração final, os 53 países se comprometem a reforçar a proteção das instalações nucleares e a promover sua capacidade de resposta em caso de acidentes.

Entre os dias 26 e 27 deste mês, chefes de Estado ou seus representantes, além de organizações internacionais como a ONU, União Europeia, AIEA e Interpol participaram da reunião. Protegidos por um impressionante dispositivo de segurança no centro de convenções COEX, no sul de Seul, os líderes repassaram aquilo que consideraram serem progressos conquistados desde a 1ª Cúpula de Segurança Nuclear, realizada em Washington em 2010.

Nestes dois anos, oito países retiraram um total de 480 quilos de urânio altamente enriquecido, quantidade suficiente para produzir 19 bombas atômicas, enquanto México e Ucrânia completaram a 'limpeza total' deste material em seus territórios.

Além disso, nos últimos dois anos, Rússia e EUA degradaram urânio de baixo grau material suficiente para fabricar cerca de três mil bombas atômicas.

A próxima cúpula está marcada para 2014 e será realizada nos Países Baixos.

Com agências