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Cúpula do DEM ouve nesta segunda explicações de Demóstenes

O presidente do Democratas (DEM), Agripino Maia (RN), terá nesta segunda (2) "uma conversa definitiva" com o senador e ex-líder do partido no Senado, Demóstenes Torres (GO), para ouvir dele as explicações sobre as denúncias de envolvimento em negócios ilícitos conduzidos pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

A finalidade é encaminhar as explicações à Executiva Nacional para que o órgão decida sobre a permanência de Demóstenes na legenda.

Participam do encontro também o presidente do diretório regional de Goiás, deputado Ronaldo Caiado, e o líder do partido na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). Segundo o presidente do partido não havia até o fim da manhã nem hora nem local para a reunião.

A assessoria de Agripino informou que o senador Demóstenes Torres já comunicou que está pronto para dar as informações ao partido sobre o caso. Perguntado sobre uma eventual abertura de processo de expulsão de Demóstenes pela Executiva Nacional, José Agripino, disse que é preciso antes ouvir o parlamentar. "Temos que ouvir as explicações dele. Não vou antecipar uma conversa que nem tive [com Demóstenes Torres]. Seria uma falta de habilidade de minha parte antecipar os rumos de uma conversa que ainda não tive", disse ele.

Membros da Executiva Nacional disseram que a cúpula do DEM tenta convencer o senador goiano a tomar a iniciativa de pedir o afastamento do partido. Isso evitaria um desgaste ainda maior de sua parte e também do Democratas que se veria obrigado a abrir o processo de expulsão. A informação, no entanto, não foi confirmada oficialmente por Agripino Maia.

Uma estratégia de defesa

Demóstenes Torres se reuniu com seus advogados, na noite deste domingo (1º/04), em Brasília, para discutir estratégias de defesa. Na chegada ao aeroporto, seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse que ele não pensa em deixar o cargo. "Pelo que acabei de conversar com ele por telefone… não pensa em renunciar", afirmou.

Para o advogado, as escutas telefônicas que capturaram as conversas entre Demóstenes e Cachoeira são ilegais. “Há que se investigar o ministério público que durante três anos o gravou ilegalmente e há que se investigar por que o juiz determinou que ele fosse gravado durante três anos”, afirmou.

Castro disse que “jamais” aconselharia a renúncia ao senador. “O caso, juridicamente, é simples. Esse inquérito não tem como prosseguir”, enfatizou. Torres tem sido alvo de diversos escândalos desde que o bicheiro Carlos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.

Informações das agências