Síria faz advertência contra países que armam terroristas
Os países que respaldam, armam e defendem o financiamento e que municiam os grupos terroristas na Síria transgridem sua soberania e as normas internacionais, denunciou o representante sírio perante as Nações Unidas, Bashar Al-Jaafari.
Publicado 03/04/2012 17:19
Esses governos, entre os quais figuram os dos Estados Unidos, Arábia Saudita, Catar, Turquia, França e Reino Unido, "devem assumir a responsabilidade e o compromisso com a missão de (Koffi) Annan", disse Al-Jaafari em uma coletiva de imprensa na sede da ONU depois de uma reunião do Conselho de Segurança sobre o tema sírio.
Nessa reunião a portas fechadas, realizada na segunda-feira (2), Annan informou aos membros desse órgão que Damasco aceitou cumprir o plano proposto para um arranjo político, mas espera pelo compromisso da oposição de que detenha a violência e retire os grupos armados terroristas para poder avançar no gerenciamento.
Annan disse que o governo sírio aceitou o início imediato do fim do movimento de forças militares e a retirada de seus efetivos dos centros urbanos por completo até 10 de abril, segundo lhe comunicou o chanceler Walid Al-Moallen.
Todos reconhecem a existência de grupos armados terroristas na Síria, disse o diplomata e recordou que o governo de Damasco solicitou a todos, inclusive aos canais Al-Jazeera e Al-Arabiya que também admitissem o plano.
Denunciou que as monarquias saudita e catari e o governo turco não escondem suas ânsias de uma intromissão nos assuntos internos sírios e chamam abertamente a armar os grupos terroristas, e inclusive o chanceler saudita considera isso uma obrigação, criticou.
Al-Jaafari assegurou que a Síria faz o melhor de si para conseguir um arranjo político, mas também "esperamos que o senhor Annan e os membros do Conselho de Segurança da ONU sejam recíprocos no compromisso sírio para que o plano possa ter sucesso".
"Esperamos que o senhor Annan contate as outras partes, particularmente os que estão envolvidos em armar os grupos terroristas, para que detenham os atos de violência", reforçou o representante sírio.
Por sua vez, o chanceler russo, Sergei Lavrov, alertou sobre o perigo das intenções dos chamados Amigos da Síria de reconhecer grupos na oposição exterior como representantes do povo sírio, o que considerou um assunto grave que contradiz os esforços de Kofi Annan.
Fonte: Prensa Latina