Incidentes no Mar do Sul da China elevam a tensão na região
Recentemente, um navio de guerra das Filipinas e dois barcos de patrulha da China envolveram-se num confronto nas águas da Ilha de Huangyan, no Mar do Sul da China. A causa deste incidente encontra-se na tentativa filipina de capturar dois pescadores chineses. A Ilha de Huangyan pertence à China e a "aplicação de lei" dos filipinos constitui uma violação da soberania chinesa, além de ser uma quebra do consenso encontrado entre os dois países para a garantia de paz e estabilidade da região.
Publicado 16/04/2012 15:10
As ilhas do Mar do Sul da China pertencem à China, o que pode ser comprovado por documentos históricos. Apesar disso, desde a década de 1970 do século passado, as Filipinas têm ocupado nove ilhas do Mar do Sul com o objetivo de explorar recursos marítimos e petróleo da região. Com o crescimento da China durante o século 20, as Filipinas receiam uma tomada, através da força, das ilhas por si ocupadas. A fim de assegurar o controle dessas ilhas, a parte filipina alia-se a outros grandes países para conter a China, ao mesmo tempo em que vai afirmando a intenção de entregar a questão do Mar do Sul à ONU.
Para o professor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade de Xiamen, Xu Ke, a estratégia das Filipinas de convidar outros países a envolverem-se na questão, vai de encontro aos interesses dos norte-americanos. Os EUA querem aproveitar esta oportunidade para controlar o canal marítimo chinês entre o Oceano Pacifico e o Oceano Índico e conter o desenvolvimento chinês. Livres das guerras do Afeganistão e Iraque, os EUA estão retomando a política de "retorno à Ásia". Xu Ke afirmou que a mudança de estratégia dos EUA é o motivo fundamental desta disputa do Mar do Sul.
O presidente das Filipinas, Benigno Aquino III, afirmou que o país vai recorrer à força para proteger o seu "território no Mar do Sul" e entregar a questão à ONU. Ao mesmo tempo, o país pediu que os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) assinem a chamada Norma de Ações para a Paz do Mar do Sul, uma tática para pressionar a China a abandonar a força na resolução da questão. Para o professor Xu, o objetivo dos filipinos é continuar a controlar as ilhas da região e explorar os seus recursos marítimos.
Em 2002, a China e os países da Asean assinaram uma declaração de paz, que reitera a negociação e o diálogo pacífico como formas de resolução da disputa do Mar do Sul. As diversas partes concordaram em manter a calma e não tomar ações que possam complicar a questão, além de se comprometerem a não enviar cidadãos para morar nos territórios em questão.
A boa vontade da China não encontra respostas amistosas dos países vizinhos. Na disputa do Mar do Sul, a China é a parte que está a sofrer uma invasão. A China persiste numa solução pacífica para a questão, o que não significa fraqueza de intenções ou vontade de abandonar a defesa das suas posições. O objetivo da China é garantir a prosperidade e estabilidade da região, levando em consideração a segurança e desenvolvimento regional, o que constitui o cerne da política externa da China. O país protegerá a sua soberania e nunca abandonará o seu próprio território.
Fonte: Rádio Internacional da China