Boca de urna indica segundo turno entre Hollande e Sarkozy

As pesquisas de boca de urna apontam que o candidato do Partido Socialista às eleições presidenciais francesas, François Hollande, venceu neste domingo (22 o atual presidente do país, Nicolas Sarkozy, a quem voltará a enfrentar no segundo turno.

François Hollande obteve, segundo as sondagens 28,4% e Nicolas Sarkozy 25,5%. Marine Le Pen, da extrema direita tem em torno de 20% e ficou em terceiro lugar, na frente de Jean-Luc Mélenchon (11,7%), da Frente de Esquerda.

Em suas primeiras declarações diante do resultado das sondagens, Hollande disse que no segundo turno é o candidato "de todas as forças que querem virar uma página e abrir outra".

Na primeira reação após a publicação das pesquisas de boca de urna, o candidato da Frente de Esquerda, Jean Luc Mélenchon, declarou aos seus seguidores reunidos na Praça de Stalingrado : "Nosso povo parece estar bem determinado a virar a página dos anos Sarkozy. O total de votos da direita reduz-se em comparação com as eleições de 2007. Mas a extrema direita cresce. Por isso tivemos razão de concentrar nossa campanha em uma análise crítica radical das proposições da extrema direita. É o momento de dizer o quanto nos sentimos sós nesssa batalha. Um dos candidatos imitava, outro ignorava e nós mantivemos o essencial deste combate. Vergonha para aqueles que preferiram nos eliminar", disse Jean Luc Mélenchon ao conhecer os resultados das pesquisas de boca de urna.

"Nós somos a força política nova nascida nesta eleição. Somos nós que temos a chave do resultado. Apelo em consciência a assumir esta responsabilidade. Neste momento nada há a negociar. Nosso compromisso não necessita de nenhuma autorização nem adulação. Apelo a uma mobilização, nosso campo está comprometido no segundo turno em 6 de maio a derrotar Sarkozy, sem exigir nada em troca", disse o candidato da Frente de Esquerda deixando claro que apoia o candidato do Partido Socialista François Hollande.

E completou: "A batalha que levamos adiante não é uma luta pessoal, mas para virar a mesa, reverter a tendência que na Europa mantém o povo sob o jugo do eixo Sarkozy-Merkel. Ficará claro que somos nós que tomamos as decisões de esquerda neste país".

Da redação do Vermelho, com informações de  L' Humanité e agências