Morte de Chávez: rumores fazem parte de guerra suja
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, se pronunciou no canal estatal nesta segunda-feira (23) pela primeira vez desde que viajou para Cuba, há nove dias. Ele disse que estará em Caracas na próxima quinta-feira (26) e depois seguirá com mais sessões de radioterapia. Durante o final de semana surgiram boatos de que o mandatário teria morrido.
Publicado 24/04/2012 11:02

"Com a ajuda de Deus, estarei em Caracas em 26 de abril", informou o presidente em uma ligação telefônica com um grupo de jornalistas transmitida pela VTV. Chávez falou ao país e detalhou que estará na Venezuela até 28 de abril, quando segue para outra sessão de radioterapia. No entanto, o chefe de Estado não esclareceu se viajará novamente a Havana para continuar com seu tratamento.
Em resposta a alguns boatos de que ele teria morrido durante o tratamento realizado em Havana, que circularam nas redes sociais no último domingo (22), Chávez acusou a oposição venezuelana pelos rumores e disse: "a palavras tolas, ouvidos surdos".
"Infelizmente parece que teremos que nos acostumar, sobretudo nos próximos meses, a viver com boatos, porque isso faz parte dos laboratórios de guerra psicológica e de guerra suja que estão ativados dia e noite em diversas partes deste continente e de Caracas", falou.
“Logo estarei com vocês fisicamente e em breve terminarei a radioterapia, Seguirei recuperando minhas plenas condições para iniciar com firmeza a primeira linha de batalha, a jornada da luta política, social, moral e econômica nos meses que vêm, rumo à grande vitória de outubro”, disse.
19% de vantagem sobre Capriles
A vantagem de Chávez sobre seu principal concorrente na disputa eleitoral de outubro aumentou. De acordo com a última pesquisa, se a votação fosse hoje, Chávez conquistaria o terceiro mandato com 53% dos votos, contra 34% do ex-prefeito de Caracas, Henrique Capriles.
"A gestão do presidente segue bem avaliada, 66% dos venezuelanos tem uma opinião positiva sobre Chávez, dois em cada três consideram seu governo muito bom, bom ou regular", disse Oscar Schemel, presidente instituto Hinterlaces, à rede Venevisión.
Com informações do Ópera Mundi