Professores da Bahia continuam greve

Os professores da rede estadual de ensino da Bahia estão há duas semanas em grave. Cerca de dois mil trabalhadores permaneceram acampados no saguão da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) durante todo o fim de semana.

A previsão é que fiquem no local até esta terça-feira (24), quando deve ocorrer a votação do projeto de lei que assegura o piso nacional aos 5.210 profissionais do nível médio, os únicos que ainda recebem abaixo do estabelecido pelo governo federal.

O diretor da APLB, professor Rui Oliveira, informa que na terça-feira será realizado um ato público em comemoração ao aniversário da entidade sindical.

"Até agora o governo não mandou nenhuma proposta de acordo. O secretário, que antes negava a existência de proposta, disse que colocou na mesa uma proposta para pagar em duas parcelas, em novembro e em abril, e que nós não aceitamos. Mas o governo não nos chamou para negociar”, afirmou Claudemir Nonato, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).

O sindicato exige o cumprimento do acordo de reajuste de 22,22% no piso nacional por parte do governo, conforme prevê o acordo fechado entre as partes em novembro do ano passado, não cumprido até o momento, segundo Nonato. "A proposta diz que, entre 2012 e 2014, o professor terá o mesmo reajuste dado ao piso nacional, que é de 22,22%. Até agora eles deram 6,5% [concedido a todos os servidores públicos do estado], falta a diferença", comenta.

Na terça-feira (17) da semana passada (17), os professores acompanharam, na Assembleia Legislativa da Bahia, a sessão que resultou na aprovação do regime de urgência para a votação do Projeto de Lei 19.776/2012 do governo do estado, que estabelece o reajuste dos educadores.

Em Salvador e na maioria das cidades do interior, os professores estão com as atividades suspensas mesmo depois que a Justiça decretou a ilegalidade no movimento.

Fonte: Portal CTB