Greve dos professores do DF completa 45 dias

Para há 45 dias, professores do Distrito Federal decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (24), continuar a greve. Na última sexta-feira (20), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) considerou a greve abusiva e determinou que 80% dos professores voltassem a trabalhar.

Nesta terça-feira (25) à tarde, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) e o governo do Distrito Federal se reunirão novamente.

Segundo informações do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), a categoria entrou com recurso para a revisão da decisão e questionou a aplicação da multa diária de R$ 45 mil, caso o percentual de funcionários não fosse cumprido.

Em nota, o governo do Distrito Federal, através da Secretaria de Administração Pública, informou que os salários de cerca de 3 mil professores grevistas terão cortes variáveis, de acordo com o número de faltas devido à greve. Além disso, a Secretaria informou que irá fiscalizar o funcionamento das escolas, conforme a a determinação judicial.

Rosilene Correia, diretora da Secretaria de Imprensa do Sinpro-DF, disse em entrevista à imprensa que a decisão do governo em cortar o salário dos professores é lamentável. “Nós veremos o que é legalmente cabível nessa situação, mas o GDF tem que saber o risco que corre para as reposições de aula. Sem os salários, os professores podem ou não repor as aulas”.

Sobre as reinvindicações, Correia informou que a categoria pede o cumprimento de um acordo firmado em 2011 com o governador Agnelo Queiroz, no qual se exige a equiparação da média salarial à de outras carreiras de nível superior, a contratação de profissionais aprovados no último concurso da Secretaria de Educação e a implantação de plano de saúde.

A última proposta apresentada pelo governo foi a incorporação de auxílio saúde de R$110, recusada pela categoria.

Com informações da Agência Brasil