Ato do 1º de Maio reforça bandeiras e atrai um milhão em S. Paulo

A comemoração do 1º de Maio Unificado das Centrais reuniu cerca de um milhão de trabalhadores na Praça Campo de Bagatelle, em São Paulo. Durante ato político, além dos presidentes das centrais, nomes importantes discursaram no palco erguido no local, como o presidente do PCdoB, Renato Rabelo; o presidente da Câmara, Marco Maia (PT); Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República; o ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB); o vereador e pré-candidato Netinho de Paula (PCdoB).


Centrais sindicais mobilizam 1 milhão de pessoas em São Paulo / foto: terra

“Acabo de sair do Grande Comício 1º Maio Unificado das 5 Centrais. Falei imensa multidão trabalhadores em SP”, declarou em seu twitter Renato Rabelo.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, lembrou que as obras da Copa do Mundo já geraram 300 mil empregos em todo o Brasil.

Marco Maia reafirmou o compromisso da Casa com os trabalhadores e fez questão de postar uma foto do ato em seu microblog (reproduzida abaixo).

O ministro Gilberto Carvalho confirmou, durante o evento, o encontro das centrais sindicais com a presidente Dilma Rousseff na quinta-feira (3).

Outra data importante foi tirada durante o evento, em conjunto com os trabalhadores: um dia nacional de lutas pela pauta trabalhista. O dia ainda será acertado em encontros posteriores.

Já o presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, ressaltou a importância da data e dos compromissos firmados no 2º Congresso da Classe Trabalhadora (Conclat), em 2008, no Pacaembu, em São Paulo.

“Foi um ato político importante para reforçar as cinco bandeiras de luta das centrais, firmadas durante a 2º Conclat [Congresso da Classe Trabalhadora], no estádio do Pacaembu, em 2008. Além disso, é uma data importante para o trabalhador, que precisa saber que muitos morreram por causa das conquistas que temos hoje”, declarou ao Vermelho o presidente da CTB.

Os pontos defendidos pelas centrais neste 1º de Maio foram a defesa da redução da jornada de trabalho, sem redução de salários; educação e qualificação profissional; valorização do serviço público e do servidor público; valorização do salário mínimo; redução da taxa de juros; fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias; além da igualdade entre homens e mulheres e trabalho decente. O processo de desindustrialização também estava presente nos discursos.

Os pontos estão dentro do que foi firmado durante o Conclat: crescimento com distribuição de renda e fortalecimento do mercado Interno; valorização do trabalho decente com igualdade e inclusão social; Estado como promotor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental; democracia com efetiva participação popular; soberania e integração internacional; e direitos sindicais e negociação coletiva.

O presidente da Força Sindical e deputado federal, Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho, lembrou o pronunciamento realizado ontem (dia 30) pela presidente Dilma Rousseff, no rádio e na TV, quando afirmou que vai priorizar a diminuição dos juros para que o desenvolvimento beneficie a todos foi muito positivo.

"Nós conseguimos convercer a presidenta das demandas dos trabalhadores e esta é uma grande vitória", disse Paulinho.

Também estiveram presentes na manifestação o atual ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT), o pré-candidato Fernando Haddad (PT) e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

As centrais estima que cerca de um milhão de pessoas passaram pelo local. A Polícia Militar assegurou que mais de 800 mil pessoas estiveram presentes até às 17h. Até o fechamento da matéria, os shows ainda continuavam na Praça Campo de Bagatelle. Houve sorteio de carros durante todo o dia.

Da Redação do Vermelho com Twitter