Colômbia: Marcha Patriótica uniu 80 mil pela paz, diz dirigente
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) participou no final de abril do lançamento do movimento político e social Marcha Patriótica, em Bogotá, capital da Colômbia.
Publicado 05/05/2012 08:30
Esse movimento é composto por organizações sociais, políticas, movimentos populares, além de personalidades democráticas que no país lutam contra o regime oligárquico que se instaurou na Colômbia.
Durante mais de duas décadas, esse regime implanta políticas neoliberais, o que fomenta conflitos e o medo no interior da sociedade colombiana.
Conheca abaixo nota do secretário de Políticas Sociais da CTB, Carlos Rogério Nunes, representante da Central na Marcha Patriótica:
O movimento político e social Marcha Patriótica, além de se propor a mudar a ordem política e social da Colômbia, se baseia nos princípios da amplitude, da unidade e de caráter nacional.
A independência formal da Espanha veio em 20 de julho de 1810, porém a Colômbia não festeja seu bicentenário como país livre. Ao contrário, o país está mergulhado em uma guerra onde militares do governo e paramilitares, ambos de direita, contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC, entre outras organizações de guerrilha. Mais recentemente, no governo de Álvaro Uribe e no atual Juan Manuel Santos, a situação da Colômbia tem piorado. Enquanto na maioria dos países da América Latina e Caribe se consolida um processo de mudança de governo no sentido das reformas democráticas e populares com vistas a um desenvolvimento econômico e social que reafirme a independência e a soberania popular, na Colômbia se constata o inverso.
A maré mudancista na América Latina e a necessidade de conquistar um governo democrático com participação popular influenciaram o surgimento da alternativa política e social da Marcha Patriótica na Colômbia. Dentre seus objetivos, se destacam a democracia e a participação popular em todas as áreas da vida política, social e econômica; os direitos de cidadania como atributos de uma democracia social real; fim das discriminações e paz. A luta pela paz é muito forte na Colômbia. Esse país foi o que mais assassinou sindicalistas na década passada, e ainda hoje existem quase oito mil presos políticos.
Fonte: Portal CTB