Após PCdoB, PSB também reafirma apoio a Agnelo

O PSB anunciou, nesta terça-feira (8), que continuará na equipe do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O senador socialista Rodrigo Rollemberg disse: "Vamos manter nossa participação crítica. Somos responsáveis, sair só agravaria a situação de Brasília". O presidente do PSB-DF, Marcos Dantas, anunciou que vai entregar um documento ao governador confirmando a decisão.

No último sábado (5), o Comitê Regional do PCdoB aprovou documento denunciando os interesses por trás dos ataques ao GDF e reafirmou seu compromisso com o Distrito Federal.

O governador Agnelo, acusado de manter relações com o contraventor Carlinhos Cachoeira, considera as denúncias contra ele uma armação dos grupos que foram apeados do poder nas eleições de 2010 e que participaram do governo Arruda e apoiaram a candidatura de Joaquim Roriz.

Ele lembra que a empresa Delta, envolvida nas denúncias de irregularidades, coleta o lixo em Brasília por decisão judicial; o preço pago à Delta é o menor do país; o grupo de Cachoeira não conseguiu nomear Paulo Abreu para a Secretaria de Limpeza Urbana; e o DFTrânsito não fez a licitação para a bilhetagem do transporte coletivo como queria o grupo Cachoeira. "Ele tentou, mas não conseguiu fazer nenhum negócio nem nomear ninguém aqui", diz Agnelo.

No começo de abril, 19 dos 24 deputados distritais do DF divulgaram nota em apoio a Agnelo. Os parlamentares disseram acreditar que o Distrito Federal passou por "problemas profundos" e que o governador representa uma "ruptura com esse passado".

Já o PCdoB local, que ocupa a Secretaria de Estado da Mulher, com Olgamir Amânica, e a Administração de Brasília, com Messias de Souza, divulgou documento onde afirma: “No Distrito Federal, os comunistas participam do governo com o objetivo de colocar Brasília em sintonia com o projeto de mudanças que vem ocorrendo no Brasil desde a primeira vitória de Lula e que tem no governo Dilma sua continuidade. A retomada do desenvolvimento com distribuição de renda, a inclusão social e o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) são expressões de conquistas deste novo ciclo político do país”.

Adiante, o Partido “reafirma seu compromisso com os interesses do povo do Distrito Federal e colabora para o sucesso desta experiência das forças progressistas. Atua para que a gestão administrativa seja realizada com transparência e lisura, aperfeiçoando os serviços públicos e tornando nossa Capital uma cidade que seja orgulho de seus moradores”.

Posição do PPS

Também nesta terça-feira, a Executiva Nacional do PPS anunciou que abandonava a base de apoio ao governo do Distrito Federal, mas continuou apoiando o governo de Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, também acusado de manter relações com Carlinhos Cachoeira. A decisão foi adotada alegando relações impróprias do GDF que o grupo de Carlinhos Cachoeira – relações até agora não comprovadas.

Após a decisão nacional, o deputado federal Augusto Carvalho (PPS-DF) defendeu que é necessário que a legenda reveja sua posição em todos os estados nos quais há indícios de ligações dos governadores com Cachoeira, como Goiás e Rio de Janeiro.

De Brasília
Carlos Pompe