Correa critica OEA e diz que CIDH atende aos interesses dos EUA
O presidente do Equador, Rafael Correa, criticou, nesta quinta-feira (10), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Sistema Interamericano de Direitos Humanos (CIDH), durante reunião com o secretário Geral da OEA, José Miguel Insulza.
Publicado 11/05/2012 10:27
O presidente, no entanto, considera muito difícil conseguir uma reforma profunda na OEA para que ela realmente represente os interesses de todos os países que fazem parte do sistema interamericano.
“Temos feito fortes críticas a tudo aquilo, como nos caracteriza, de maneira aberta e clara”. Detalhou que a intenção do governo é propor um Sistema Interamericano muito mais próximo e de acordo com as necessidades históricas das realidades de nossa América, como informou o jornal El Ciudadano.
A CIDH
Na última segunda-feira (7), Correa ressaltou que a OEA “está totalmente dominada pela influência dos Estados Unidos e serve aos interesses da política exterior desse país”. E expressou sua preocupação pela atuação parcial da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pelo fato de ela ser presidida pelos Estados Unidos, país que não é signatário da Convenção.
“O poder midiático na América Latina supera o poder do Estado e muitas vezes governos progressistas são perseguidos por este poder”, argumentou.
O Equador tem insistido em reformar a CIDH acusada por ele de violar o direito ao devido processo e a defesa do Estado equatoriano no caso contra o diário El Universo, jornal que chamou Correa de “assassino, criminoso de lesa humanidade”.
O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, também se reuniu com Insulza para debater certos aspectos da CIDH. No entanto, o diplomata rechaçou que seu país tenha decidido abandonar a Comissão.
Com informações da Telesur e da AVN