Sírios realizam manifestação pacífica pró-governo

A Síria vive momentos de calma depois dos atentados de quinta-feira passada que deixaram mais de 55 pessoas mortas e várias centenas de feridos.

O ambiente de tranquilidade só é interrompido por plantões e piquetes de cidadãos que em praças e espaços públicos desta capital repudiam as ações dos grupos armados, qualificados em seus protestos como terroristas e cujas ações não são de seres humanos, mas de assassinos bestiais, como expressou um dos manifestantes.

Neste domingo (13) ao meio dia, várias centenas de pessoas se reuniram em frente à antiga estação de trens no centro de Damasco para gritar palavras de ordem contra estes episódios de violência, que, segundo opinaram, são promovidos e apoiados a partir do exterior.

Entre gritos e canções de apoio ao presidente Bashar Al-Assad, a manifestação é uma mostra do que ocorre em outras partes da capital e no interior, onde a população recusa as ações de violência e exige uma solução civilizada que lhe permita viver em paz.

Mas, segundo constatou a Prensa Latina, em várias partes da cidade as pessoas se sentem afetadas pela tragédia e uns poucos falam de afastar mulheres e crianças das possíveis ações destes grupos. No meio de indignação crescente, algumas famílias preparam condições para se mudarem a outros países, apesar dos esforços das autoridades para acabar com as ações de violência.

Sírios consultados por esta agência indicam que até certo ponto entendem as razões do governo para não responder às organizações extremistas com todos os meios disponíveis, para evitar que aumente a campanha midiática de mentiras contra o país, e não querem dar justificativas a uma intervenção externa.

No entanto, grande parte da população pensa que a paciência se esgota e solicitam mão de ferro contra o terrorismo.

Por outra parte, na manhã deste domingo foram realizados os funerais de 11 membros do exército e das forças da ordem, assassinados cumprindo seu dever nas províncias de Sueida, Idleb, Damasco e Damasco-Campo.

Entre as vítimas encontrava-se o coronel Mehdi Mohammed Ibraheem, de Homs; o primeiro-tenente Mohammed Abdel Salam Aboy Assaf, de Damasco, e outros efetivos de Sueida, Hama, Deraá, Deir Ezour, Al-Raqqa, Latakia e Alepo, entre aquelas regiões onde os grupos armados tratam de semear o terror.

Depois dos atentados de quinta-feira, qualificados pela população de brutais e desumanos, a capital síria entrou em uma etapa de calma, diferente do ciclo de violência que grupos armados apoiados pelo exterior tratam de impor ao país para desestabilizá-lo.

Prensa Latina