França não ratificará pacto europeu sem medidas de estímulo

O ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, disse nesta quinta (17) que o governo é favorável à manutenção da Grécia no grupo de 17 países da zona do euro. Segundo ele, o governo do presidente francês, François Hollande, quer uma zona do euro unida. O ministro disse ainda que a França não ratificará o Pacto Fiscal Europeu se o documento não contemplar as medidas de incentivo à economia.

O assunto foi tema de uma reunião de Hollande com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em Berlim, anteontem (15). A reação do ministro ocorre no momento em que os gregos estão ameaçados de exclusão do grupo devido às dificuldades internas para seguir o plano de austeridade imposto pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Queremos que a Grécia continue na zona do euro porque o país é membro da União Europeia e porque a zona do euro é uma área unida, que não pode ser desfeita”, disse Moscovici. “[Em relação ao Pacto Fiscal Europeu] não será ratificado e deve ser complementado com um capítulo dedicado ao crescimento com estratégia [específica]. Seremos firmes nisso.”

"O pacto deve ser acrescido com uma parte sobre o crescimento econômico, e quando digo isso, estamos falando de uma estratégia ambiciosa de crescimento", afirmou Moscovici.

Para o ministro, é necessário redefinir o texto do pacto com responsabilidade: "o que estamos dizendo –e somos todos muito pró-europeus, François Hollande é muito europeu, Jean-Marc Ayrault (primeiro-ministro) é muito europeu e eu sou muito europeu– é que devemos levar a construção da Europa a uma nova direção, sem desvalorizar a responsabilidade fiscal. Para nós, responsabilidade orçamentária e crescimento econômico não são contrários", disse.

“É preciso combater a dívida pública, é preciso reduzir os déficits e assegurar a situação da França. Isso é o fundamental. Um país que se endivida é um país que empobrece”, acrescentou.

Com agências