Grécia: jornalistas param por 24 horas contra demissões
A Grécia amanheceu nesta segunda-feira (28) sem noticiários. Por 24 horas, os profissionais de imprensa prometem suspender suas atividades em protesto contra a demissão de cerca de 30% dos jornalistas do país nos últimos meses e exigem melhores condições de trabalho. A greve deve ser respeitada pelos jornalistas, que em caso contrário ficam expostos a sanções dos sindicatos, que exigem "contratos coletivos dignos" e a proteção do emprego ante as demissões em série, que somam 4 mil desde 2010.
Publicado 28/05/2012 10:48
A maioria das emissoras de televisão e rádio da Grécia está sem noticiários. A principal agência de notícias do país, a ANA, parou de divulgar reportagens e a maioria dos grandes sites informativos está sem atualização. A paralisação conta com o apoio de todas as entidades sindicais do país.
As entidades sindicais defendem novos acordos coletivos e medidas que protejam os empregos dos profissionais de imprensa. De acordo com dados das entidades, desde 2010 mais de 4 mil profissionais foram demitidos e os que mantiveram seus empregos sofreram cortes até 30% dos salários.
Os meios de comunicação da Grécia, alimentados durante anos pelo clientelismo político, o crédito bancário abundante e a ausência de normas claras, perderam desde 2010 três jornais e um canal de TV privado. Alguns veículos deixaram de ser diários e se tornaram semanais, como o maior jornal de esquerda, To Vima, que agora só sai aos domingos, assim como o Eleftherotypia.
Com Agência Brasil e Efe