França dá primeiros passos para realizar conferência social

Os primeiros passos para uma conferência social francesa começaram nesta quarta (30), com uma série de reuniões isoladas do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault com organizações sindicais e patronais.

Estas reuniões iniciais servirão para delinear os temas do encontro nacional, previsto para antes de 14 de julho, aniversário da Revolução Francesa.

No setor trabalhista, as prioridades estão centradas na defesa dos postos de trabalho, o incremento substancial do salário mínimo e a redução do elevado índice de desemprego, o qual gira em torno de 10% e afeta quase três milhões de pessoas.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) entregará um relatório a Ayrault sobre cerca de 46 empresas atualmente em processo de liquidação, o que põe em perigo cerca de 45 mil empregos em todo o país, indicaram dirigentes sindicais.

Estarão sobre a mesa as questões da formação profissional, as condições de trabalho, o sistema de demissões e pensões e a igualdade de pagamento para homens e mulheres que realizam tarefas iguais.

As novas autoridades apresentarão seu projeto denominado Contrato de Geração, o qual consiste em beneficiar as firmas que incorporem jovens a suas filas e mantenham antigos operários como instrutores.

Por sua vez, a principal organização patronal, o Movimento de Empresas da França (MEDEF), busca pressionar para impedir, entre outros assuntos, um incremento substantivo do salário mínimo aos empregados, como exigido pela Força Operária e a CGT.

Segundo a dirigente do MEDEF, Laurence Parisot, esperam convencer o novo governo de "evitar toda medida econômica e social que possa frear a contratação de pessoas".

Junto a Ayrault, estarão presentes os titulares de Trabalho, Michel Sapin; Assuntos Sociais, Marisol Touraine; Recuperação Produtiva, Arnaud Montebourg; e Função Pública, Marylise Lebranchu.

Fonte: Prensa Latina