França não descarta agressão militar contra Síria

Aproveitando-se do conflito paulatinamente implantado pelo imperialismo na Síria, o governo francês manifestou nesta terça-feira (29) que poderá intervir militarmente no país do Oriente Médio, com a finalidade de "parar" a suposta agressão que o governo daquele país "comete" contra cidadãos civis.

Em poucos dias à frente do governo francês, o presidente François Hollande já manifestou o caráter social-democrata de seu governo, distanciando-se de ideiais da esquerda e de setores da sociedade que o apoiaram para que derrotasse o direitista Nicolás Sarkozy.

A decisão sobre uma eventual intervenção militar "para encerrar" a crise que abala a Síria há 14 meses não é um consenso na comunidade internacional.

Hollande disse nesta terça que uma ação militar não pode ser descartada, caso receba o apoio do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

"Não é possível permitir que o regime de Bashar al-Assad massacre seu próprio povo", disse Hollande ao canal de TV France 2. "A intervenção militar não está excluída, desde que seja realizada sob os auspícios do direito internacional, ou seja, por uma resolução do Conselho de Segurança."

Não é a primeira estultície que o presidente do Partido que se supõe socialista – até no nome – comete. Na semana passada, Hollande já manifestara interesses coloniais no Afeganistão, afirmando que retiraria as tropas francesas do país mas manteria a sua presença ali para "facilitar" a instalação de empresas no Afeganistão.

Ao mesmo tempo, outras nações declinaram seguir o conselho de Hollande. Rússia e China não aceitam qualquer tipo de agressão militar e os Estados Unidos relutam em decidir pelo envio de suas tropas à região, preferindo armar os grupos terroristas que sabotam o plano de paz acertado pela ONU com a Síria.

Com agências