Supremo britânico autoriza extradição de fundador do WikiLeaks

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, perdeu na Suprema Corte do Reino Unido a luta contra a extradição para a Suécia, onde enfrentará acusações de crimes sexuais. Por cinco votos contra dois, o tribunal determinou que o pedido de extradição havia sido feito "legalmente".

A questão jurídica essencial para os sete juízes do Supremo era avaliar se o promotor sueco que emitiu o pedido de extradição tinha a autoridade judicial para fazê-lo ao abrigo das disposições da Lei de Extradição de 2003.

Os advogados de Assange tinham submetido à mais alta instância judiciária da Grã-Bretanha o argumento de que o pedido de extradição feito pela Suécia seria "inválido e ineficaz".

O australiano de 40 anos de idade é acusado de estuprar uma mulher e "coagir e molestar sexualmente" uma outra em Estocolmo, em agosto de 2010. Assange se diz inocente e afirma que as acusações contra ele têm motivação política.

O WikiLeaks vazou conteúdo de correspondências diplomáticas, causando constrangimentos a vários governos. Segundo os Estados Unidos, documentos revelados pelo WikiLeaks teriam colocado vários funcionários do governo em situações de risco.

Os advogados de Assange têm 14 dias para examinar o resultado e encaminhar uma apelação antes de uma decisão final. A advogada de Assange Dinah Rosa admitiu que poderia ser feita uma apelação.

Fonte: BBC