Visita de Kofi Annan deixou ambiente de calma na Síria

Após a visita do enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, impera uma atmosfera de calma em Damasco e há um declínio nas ações de grupos terroristas dentro do país.

Nas últimas horas, poucas ações foram notificados pelas autoridades e refletidas pela agência de notícias síria Sana, exceto um ataque a um oleoduto na província de Deir-Ez-Zor-, no nordeste, e tentativas frustradas por parte de alguns grupos de promover greves contra o governo na capital.

Salvo ameaças do chamado Exército Livre Sírio de que empreenderiam ações nas próximas 48 horas, um suposto ultimato ao governo, para que, de acordo com eles, cumpra o plano Annan, nada parece afetar a calma que se vê no país.

Nas ruas de Damasco se observa muito tranquilidade, embora as pessoas digam que estão preocupadas porque o desespero da oposição ante o fracasso de seus planos pode levá-la a ações violentas contra civis.

Um dia antes, as atenções estavam voltadas para Nova York, onde o Conselho de Segurança ouviria um relatório sobre o trabalho dos observadores internacionais em território sírio.

Canais de televisão locais transmitira, declarações do embaixador de Damasco na ONU, Bashar al-Jaafri, que reiterou que a implementação do plano de Annan não depende somente das ações de seu governo.

Isso, segundo ele, depende também da vontade política daqueles que instigam a violência e vendem armas a grupos terroristas e garantem financiamento e abrigo para eles fora da Síria.

Al-Jaafari disse que o governo e o povo sírios sentem-se em choque pelo crime hediondo cometido em Houla, acrescentando que "ninguém está mais incomodado pelo que aconteceu do que nós, porque as vítimas são os nossos compatriotas."

Ele observou que atualmente existe uma comissão de investigação do massacre, que deve apresentar suas conclusões nesta quinta-feira ou amanhã.

Sobre as denúncias de ações contra a Síria, ressaltou que seu governo enviou mais de 100 mensagens para o secretário-geral da ONU e membros do Conselho de Segurança e das agências da ONU.

Essas mensagens, segundo ele, incluem os nomes e identidades de elementos armados, e as datas, os tipos e quantidades de armas contrabandeadas no país.

A este respeito, uma fonte próxima à missão de observação em Damasco disse que verificou mais de 3,5 mil violações do plano de Annan por bandos armados e cerca de meia centena pelo governo.

" No entanto, os funcionários políticos são os que devem relatar essa situação para a comunidade internacional", disse a fonte que pediu anonimato.

Fonte: Prensa Latina