Pedido de países do Golfo contra a Síria cria mal-estar na região

O pedido feito pelos países do Golfo, como Catar e Arábia Saudita para aplicar o capítulo 7º da Carta da ONU, que versa sobre ação em caso de ameaça à paz, ruptura da paz e ato de agressão, contra a Síria, divide e cria um mal-estar entre os integrantes da Liga Árabe, como destacou uma fonte oficial.

De acordo com a agência de notícias Sana, a maior parte dos Estados da região se opõem a uma intervenção militar estrangeira nesta nação. Para as autoridades iraquianas a solicitação é uma provocação e um fato perigoso para a região.

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Tanto Bagdá como a Argélia manifestaram reservas sobre utilizar estes mecanismos da ONU para lidar com a crise na Síria.

O vice-ministro de Relações Exteriores do Iraque, Labid Abawi, considera que recorrer ao capítulo 7º é distanciar-se do respeito e soberania síria e apoiar a intervenção estrangeira nos assuntos internos desse país.

Alguns dos membros da Liga Árabe pediram, no sábado (2), para a ONU fixar um calendário para a aplicação do plano de paz do emissário internacional na Síria, Kofi Annan, e tentam vinculá-lo ao Capítulo 7º de sua Carta para impor sanções a Damasco e a ruptura de relações diplomáticas, entre outras sanções.

Segundo observadores, esse capítulo só pode ser aplicado a nações que representem um perigo para a paz mundial, o que não é o caso sírio, cujo povo enfrenta uma guerrra de agressão e pressões com denunciou neste domingo o presidente Bashar al-Assad.

Com Prensa Latina