EUA mata segundo líder da Al-Qaeda em uma semana

O líder da Al-Qaeda, o líbio Abu Yahya al-Libi, que segundo o governo estadunidense era o número dois da organização, morreu em um bombardeio com drones (aviões não tripulados) da CIA no Paquistão, conforme anunciaram nesta terça-feira (5) porta-vozes dos Estados Unidos. Al-Libi foi morto na segunda-feira (4) no vilarejo de Khassu Khel, região tribal do Waziristão do Norte, Paquistão.

Al-Qaeda

"Nosso governo pode confirmar a morte de Al-Libi", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, depois de outro alto funcionário americano ter dito que havia "um alto nível de confiança" na veracidade da morte do dirigente da Al-Qaeda.

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A operação, realizada na madrugada desta segunda-feira, teria causado a morte de 15 insurgentes islamitas, número não confirmado por Washington. O alvo era Al-Libi, havia informado à noite o jornal The New York Times.

No último dia 29 de maio, o comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) informou ter matado o homem apontado como o número dois da rede Al Qaeda, no Afeganistão, o saudita Sakhr Al Taifi, também conhecido como Mushtaq Nasim. Outro ex-número dois da Al-Qaeda, Atiyah abd al-Rahman, também foi morto no Paquistão, na região tribal do Waziristão, em 22 de agosto.

Abu Yahya al-Libi, um líbio considerado um dos principais teóricos da Al-Qaeda, apareceu em várias ocasiões nos últimos anos em mensagens de vídeo na rede. Em março, pediu aos rebeldes líbios para manter sua ofensiva contra o regime de Muamar Kadhafi.

A ação, realizada há cinco meses das eleições nos EUA deverá ser capitalizada pelo presidente americano, Barack Obama, que concorre à reeleição. Dessa forma, o presidente tem uma arma para responder os ataques de seu adversário republicano Mitt Romney, que o acusa de se mostrar fraco no nível internacional.

Com AFP