Unasul: Ministros de Defesa planejam retirar militares do Haiti

Os militares dos países que fazem parte da União das Nações Sul-americanas (Unasul) não vão mais integrar a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah, sigla em inglês), presente no país há oito anos. A decisão foi tomada na última terça-feira (5) na capital do Paraguai, durante a VI Reunião do Conselho de Defesa da Unasul

Além dos ministros e altos representantes dos Ministérios de Relações Exteriores da Unasul, estiveram presentes na reunião o representante especial do secretário geral das Nações Unidas para o Haiti e chefe da Minustah, embaixador Mariano Fernández, e o representante da secretaria técnica da Unasul para o Haiti, embaixador Rodolfo Mattarrollo.
 
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Os participantes decidiram formar um Grupo de Trabalho com o objetivo de elaborar um plano com estratégias, formas, condições, etapas e o cronograma de um Plano de Redução de Contingente dos componentes militares sul-americanos da Minustah.

Nas palavras do ministro venezuelano de Defesa, Henry Rangel, análises realizadas mostraram a necessidade da retirada dos militares do Haiti para que o país "vá tomando seu próprio ritmo democrático, de crescimento e desenvolvimento”.

Minustah

A Minustah foi instituída em 30 de abril de 2004 por uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. A intenção era estabilizar o país, pacificar e desarmar grupos guerrilheiros ilegais, promover eleições e fomentar o desenvolvimento no país. A necessidade desta intervenção foi imposta pela ONU após um período de conflitos e da deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide.

A missão se instalou no país em 1º de junho de 2004 e permanece até hoje, com sete mil militares de 21 países de vários continentes. Desde a chegada dos militares ao país, a população e movimentos sociais pedem que eles batam em retirada. Na última sexta-feira (1), quando a ocupação militar completou oito anos, foi realizada a Jornada Continental de Solidariedade e Mobilização pela Saída das Tropas do Haiti.

Fonte: Adital