Intelectuais debatem o amanhã da humanidade em encontro no Rio

O 9º Encontro internacional de intelectuais e artistas em defesa da humanidade começará nesta quinta-feira (7) no Rio de Janeiro dois dias de sessões, com a Cultura e a Sustentabilidade no centro dos debates.

Realizado no espaço Tom Jobim, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o encontro abordará assuntos como a luta pela sobrevivência da humanidade ante a ameaça de destruição da própria espécie humana e as redes sociais e seu papel nas interações socioculturais.

Também será abordado "o papel das universidades na construção do mundo"; "Cultura de massas e cultura popular, e seu papel na sustentabilidade, ciência como paradigma da Cultura?" e "A função do intelectual e os movimentos sociais na luta pela liberdade de informação".

A presidenta do capítulo Brasil da Rede de Redes em Defesa da Humanidade, Marilia Guimarães, destacou à Imprensa Latina que o encontro é resultado do diálogo sustentado pelo líder da Revolução cubana, Fidel Castro, com intelectuais e artistas do mundo, em Havana, em fevereiro passado.

Recordou que desde 2003, por iniciativa de Fidel Castro, foi criada a Rede de redes em defesa da humanidade.

O encontro, realizado em Havana, esteve motivado pelo alerta lançado em 1992, na Cúpula da Terra, Rio-92, pelo líder da Revolução cubana sobre o risco de extinção que ameaça a espécie humana, mais grave hoje do que há duas décadas.

Sociedade de amanhã

Por sua vez, o professor universitário e ensaísta francês Salim Lamrani afirmou que a cultura e o desenvolvimento sustentável devem ser os dois pilares fundamentais, a base da sociedade da manhã, que seja uma alternativa ao modelo imperante hoje no mundo, baseado no individualismo, egoísmo,  consumismo e ganho.

Para evitar que sejamos a primeira espécie a nos autodestruir, é "preciso construir uma alternativa viável, na qual a solidariedade, a integração sejam valores preponderantes, pois não se pode viver rico em um oceano de miséria", destacou.

Lamrani, que será um dos palestrantes do tema "As redes sociais e seu papel nas interações socioculturais", apontou que lamentavelmente os grandes grupos econômico-financeiros controlam os grandes meios informativos.

E, prosseguiu, "o objetivo desses oligopólios mediáticos não é proporcionar ao cidadão uma realidade veraz, objetiva e honesta, senão defender a ordem estabelecida mediante métodos como a desinformação, a propaganda enganosa e até a censura".

América Latina

Na América Latina, o caso emblemático dessa desinformação mediática é a Revolução cubana, à que agora a grande imprensa mundial tem somado a nações como Venezuela, Equador e Bolívia, entre outros, por reivindicar seu direito a construir seu futuro sem interferências, sem imposições, e que reivindicam sua vontade de se desenvolver por si mesmos, sem receber ordens de ninguém.

Daí, ressaltou, o papel de redes sociais, que não só podem ser uma ferramenta que permita desmontar essa visão unipolar e politizada do mundo, senão também apresentar a realidade alternativa em sua diversidade e complexidade, tal como ela é.

O primeiro dia de sessões do encontro será concluído com a apresentação da edição em português do livro Guerrilheiro do Tempo, conversas com o líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, da jornalista e escritora Katiuska Blanco.

Fonte: Prensa Latina