China e Rússia reafirmam apoio a Síria e Irã

A Organização de Cooperação de Xangai (SCO, pela sua sigla em inglês) reiterou, nesta quinta (7) sua oposição a intervenções militares internacionais no Irã e na Síria, durante o encerramento de sua cúpula, em Pequim.

No comunicado final, a SCO – que é liderada pela Rússia e pela China, países que já demonstraram individualmente o mesmo posicionamento – declarou que é preciso cessar a violência na Síria, independentemente da sua origem, e é necessário encontrar uma solução pacífica para o conflito pelo diálogo político.

Quanto ao Irã, a SCO afirmou que o uso da força no país seria inaceitável e poderia trazer "consequências imprevisíveis, ameaçando a estabilidade e a segurança mundiais". O Irã é acusado pelas potências imperialistas de supostamente desenvolver armas nucleares, mas nega qualquer intenção nesse sentido.  

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que o povo iraniano "tem direito ao acesso a tecnologias modernas, como o uso pacífico da energia atômica". O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, também se posicionou dizendo que Pequim se opõe ao desenvolvimento de armas nucleares pelos países do Oriente Médio.

Também fazem parte da SCO Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão. Durante essa última cúpula, o Afeganistão foi incluído entre os membros observadores da SCO, como já eram Irã, Índia, Paquistão e Mongólia.

Isso representa um impulso nas relações de Pequim e Moscou com Cabul, faltando dois anos para a Otan retirar suas tropas do território afegão. Hu Jintao, dirigente chinês, já havia declarado que o país ajudaria Cabul quando as tropas saírem do Afeganistão. Também a Turquia foi incluída como parceira de diálogo da organização.

Com Folha de S.Paulo