Para Tombini, expectativa é de mais crédito e menos inadimplência

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira (12), durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que o Brasil apresenta sólidos fundamentos macroeconômicos, com robustos colchões de liquidez em moeda estrangeira e no sistema financeiro nacional, e que a estrutura macroeconomia vem sendo testada e respondendo bem aos desafios.

Tombini disse também que o cenário internacional continua sendo de volatilidade nos mercados e que a perspectiva é de baixo crescimento para os próximos anos. "Ao longo dos próximos dois anos, teremos um cenário de volatilidade nos mercados internacionais. Também teremos crescimento baixo, em ritmo mais baixo que o esperado nos próximos trimestres."

Para Tombini, o ritmo da atividade econômica no Brasil irá se acelerar ao longo de 2012, sustentado pela demanda interna e pela flexibilização das condições monetárias e financeiras. "Teremos um crescimento mais forte no segundo semestre de 2012, pois há uma série de impulsos que a economia já recebeu", afirmou.

Ele afirmou que a inflação segue em trajetória de convergência para a meta. "Temos progressos importantes na inflação no Brasil."

Crédito

Segundo o presidente do BC, o crédito no país continuará em expansão moderada. O presidente do BC destacou a recuperação dos financiamentos de veículos e aumento da participação do crédito imobiliário, atualmente em 5% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. “Há espaço para que o crédito imobiliário ocupe”, disse, acrescentando que maior participação desse financiamento ganhará espaço de outras modalidades.

Tombini destacou que a inadimplência irá recuar no segundo semestre deste ano. Um dos fatores apontados pelo presidente do BC é a melhora do perfil dos tomadores de crédito a partir de setembro do ano passado.

Outro fator que contribui para redução da inadimplência é a diminuição da taxa básica de juros, a Selic – o que também reduz o custo de financiamento. Além disso, a queda das taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras facilita a renegociação de dívidas.

Tombini citou ainda a perspectiva de aceleração da atividade econômica no segundo semestre, com crescimento do emprego e da renda real (descontada a inflação) do trabalhador, fatores que reduzem a inadimplência.

Com informações das agências